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Sócrates não gostou do «nim» da direita

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Primeiro-ministro critica não só a «irresponsabilidade política» dos partidos de esquerda, mas também a abstenção do CDS-PP e do PSD

O primeiro-ministro criticou a «irresponsabilidade política» dos partidos à esquerda do PS, por apresentarem e votarem a favor da moção de censura, mas também não gostou da abstenção da direita.

«Os partidos que se situam à direita neste hemiciclo, ao optarem pela abstenção, perdem uma oportunidade soberana para serem totalmente claros na recusa do oportunismo e da instabilidade política», lamentou, acrescentando que este é um momento «em que não se pode ficar pelo "nim"».

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Recorde-se que a abstenção já anunciada por CDS-PP e PSD será suficiente para reprovar a moção de censura do PCP.

«Uns comeram os figos e a outros rebenta-lhes a boca»

José Sócrates enumerou as razões que, nas últimas semanas, aumentaram a crise, destacando o «ataque especulativo a toda a zona da moeda única» e lembrando que «todos os países europeus estão a fazer esforço concertado», para frisar que este é «o único Parlamento que se reúne para discutir se o país deve mergulhar numa crise política».

«Este tempo pede determinação, coragem e sentido de responsabilidades. E exige também que o país tenha condições de estabilidade e governação», afirmou, acusando o PCP de querer acrescentar uma crise política à crise financeira.

Sublinhando que o PCP e o BE, ao quererem derrubar o Governo, estão «a pôr em causa o voto popular» que deu a governação ao PS, Sócrates defendeu a moeda única e a integração da União Europeia, que, a seu ver, mantêm uma «linha de divisão» entre os socialistas e os comunistas.

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E defendeu também que estas medidas de austeridade pretendem «proteger o Estado Social», através da «justa distribuição dos esforços».

«Esta moção vai ser derrotada, como merece. A sua derrota será a vitória do sentido da responsabilidade e da estabilidade política. E a estabilidade é uma condição essencial para prosseguirmos com sucesso este esforço nacional, em que todos devemos participar», concluiu.

E se fosse ao contrário?

O PSD respondeu a estas críticas pela voz do líder parlamentar Miguel Macedo, que defendeu a abstenção dos sociais-democratas como a melhor opção para o país.

«Não é o senhor primeiro-ministro que determina o sentido de responsabilidade do PSD para com o país, sobretudo quando, em iguais circunstâncias, tenho a certeza que o PS não faria o que o PSD está a fazer», disse.

Para contra-argumentar, Sócrates recorreu à moção de censura do PCP para lembrar que esta também é para o PSD. «Nunca vi um partido abster-se de uma censura que também lhe é dirigida», referiu.

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