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Sócrates quer «consenso político» sobre regionalização

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O secretário-geral do PS, José Sócrates, defendeu quarta-feira à noite, em Évora, um «consenso político» em torno do processo de criação das regiões administrativas, antes de referendar a regionalização, com base no modelo das cinco regiões, refere a Lusa.

José Sócrates falava em Évora, durante uma sessão de esclarecimento sobre a moção «A Força da Mudança», documento que apresentará no congresso do partido, que decorre entre 27 Fevereiro e 01 de Março, em Espinho.

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Perante uma sala cheia de apoiantes, o líder socialista propôs «uma regionalização com o suficiente consenso político», com o objectivo de ganhar o referendo.

«O trabalho que temos pela frente é convencer outros partidos a apoiar a reforma da regionalização e das cinco regiões, para que de uma vez por todas o Alentejo, como outras regiões, possam ter também voz política e voz própria no País», declarou.

Reconhecendo que «o erro do passado» foi não se ter proposto as cinco regiões, Sócrates salientou que os serviços do Estado foram reestruturados «já na lógica das cinco regiões».

Por outro lado, o secretário-geral socialista e também primeiro-ministro apresentou ainda o «casamento civil» entre pessoas do mesmo sexo como «uma medida que é da maior importância».

«Faço-vos esta proposta em nome da liberdade, da igualdade e da tolerância e em nome daquilo que é a humanidade, que sempre esteve presente na aspiração da sociedade portuguesa», afirmou.

«Outros países já o fizeram antes de nós e nós não vamos ser os últimos», concluiu.

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O secretário-geral do PS considerou ainda que «o dever dos líderes políticos é apresentar propostas para resolver os problemas», num discurso centrado na «grave crise» financeira e económica internacional.

Quanto à conjuntura económica, o líder dos socialistas e primeiro-ministro teceu criticas à oposição, afirmando que «este é o momento para que todos os líderes políticos apresentem as suas propostas».

«O País está cansado daqueles que dizem aos portugueses o que é que não pudemos fazer, em vez de fazerem aquilo que devem, isto é, dizerem aos portugueses aquilo que é possível, que é desejável e que o País deve ambicionar fazer num momento destes», afirmou Sócrates, considerando ser esse «o dever da liderança política».

«O dever dos líderes políticos não é descrever o problema. O dever dos líderes políticos é apresentar propostas para resolver os problemas», acentuou o líder dos socialistas, que procurou explicar a «agenda» do Governo socialista para fazer face à crise.

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Criticando os que «utilizam a demagogia para responder aos problemas do país», José Sócrates reiterou a aposta na estabilidade do sistema financeiro, no investimento público e no apoio às empresas e às famílias.

«Combater o desemprego e dar mais oportunidades de emprego é a questão política central para nós e fazemos disso a principal preocupação», assegurou, lembrando que, nos últimos três anos, o Governo «pôs as contas públicas em ordem».

Em Évora, onde foi recebido pelo autarca socialista da cidade, José Ernesto Oliveira, o líder do PS disse ter «saudades» de ser tratado por «camarada» e aproveitou para homenagear o presidente do Município de Reguengos de Monsaraz, Victor Martelo, um dos mais antigos autarcas portugueses.

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