O PSD fez esta quinta-feira uma declaração política na Assembleia da República para atacar o PS por causa das declarações que os socialistas têm feito sobre a TAP. O líder parlamentar social-democrata acusou o maior partido da oposição de ser "irresponsável" ao "tentar confundir" os portugueses, agindo como se estivesse em causa uma "conversa de café".
"[Queremos] registar uma vez mais a grande irresponsabilidade com que o PS tem lidado com este processo, por um lado querendo fazer crer ao país que o valor da transação se circunscreve à quantia pecuniária (...), esquecendo que para além da quantia há cerca de mil milhões de euros de dívida que serão assumidos pelos acionistas, que há entre 350 a 450 milhões de euros de investimento que deve ser feito na TAP e que é um compromisso que está bastante plasmado no caderno de encargos", começou por dizer Luís Montenegro, abordando a principais conclusões da reunião do seu grupo parlamentar.
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o negócio tem decorrido "com secretismo e que há falta de transparência""É bastante incompreensível que um partido a quem se deve pedir responsabilidade possa querer estar a confundir os portugueses acerca disto"
"Ora, se outra circunstância não houvesse, creio que a declaração desta semana do presidente do Tribunal de Contas, assegurando precisamente que tem havido toda a transparência e que o Governo tem prestado toda a informação, é sintomática, também aí, da forma irresponsável qu o PS tem lidado com este processo", atirou.
Ainda houve tempo para uma terceira acusação, sobre o que o PS diz que fará se vier a ser Governo - isto é, reverter parte deste negócio. Isso ataca, na ótica de Montenegro, a credibilidade do Estado e a fiabilidade que o Estado deve ter para com os investidores que vêm investir em Portugal.
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reunião do Eurogrupo decisivaGovernoPresidente da República"Todo este comportamento irresponsável e incompreensível do PS tem transformado por parte do PS esta questão numa conversa de café. Não trata com a responsabilidade e a seriedade que são exigidas a um grande partido e ao principal partido da oposição um assunto que é sério para o futuro do país e que é sério para as contas públicas e para a vida quotidiana de todos os portugueses"
No entanto, Montenegro preferiu destacar o caso português: "Mas estamos também tranquilos relavtivamente ao caminho que percorremos e à segurança que hoje podemos dispor para enfrentar qualquer eventualidade e vulnerabilidade que possa exstir nos mercados financeiros" se algo vier a correr mal.
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