O PCP apelou a um «forte movimento de luta» em defesa da paz e contra a NATO, que culminará numa manifestação em Lisboa, lamentando que o Governo apoie a realização de uma «cimeira da guerra» no país.
O membro da comissão política e da secção internacional do PCP anunciou que o partido aderiu à organização do movimento «Paz sim, NATO não» ¿ que congrega mais de 100 entidades ¿, responsável pela realização de uma manifestação em Lisboa a 20 de Novembro, aquando da cimeira.
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«Pensamos que o povo português, a juventude e os trabalhadores responderão a este apelo e manifestar-se-ão nas ruas de Lisboa em defesa da paz e contra o militarismo», afirmou o dirigente comunista, acrescentando que o partido «prevê que será uma grande manifestação popular».
ngelo Alves lamentou que o Governo apoie a realização desta «cimeira da guerra», «numa acção contrária ao sinal da Constituição» portuguesa.
Para o PCP, a cimeira da NATO terá «três objectivos essenciais: amarrar os seus membros ao atoleiro militar em que se transformou a guerra do Afeganistão, aprovar um novo conceito estratégico abertamente agressivo, de intervenção global da NATO sob qualquer pretexto, sobrepondo-se à ONU e desenvolver o projecto de instalação de sistemas antimíssil na Europa».
«A NATO confirma-se como a polícia de choque das principais potências capitalistas mundiais», destacou.
Para os comunistas, «os EUA e a NATO instrumentalizam o direito internacional e usam as instituições internacionais, como a ONU, não para concertar opiniões mas para impor os seus interesses e estratégia».
Outra das iniciativas da campanha «Paz sim, NATO não» passa por suscitar o debate, na Assembleia da República, sobre os objectivos desta organização internacional e da cimeira de Lisboa, tendo já entregue no Parlamento uma petição com mais de 13 mil assinaturas.
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