O líder do PCP defendeu esta quinta-feira os Verdes do ataque do primeiro-ministro, que os apelidou de «embuste», e acusou José Sócrates de usar um expediente que «não lhe fica bem no plano ético», escreve a Lusa.
As afirmações de Jerónimo de Sousa foram feitas na cerimónia, em Lisboa, de apresentação da Coligação Democrática Unitária (CDU), que reúne o PCP, Verdes e associação Intervenção Democrática (ID), e que volta a concorrer às eleições deste ano - europeias, legislativas e autárquicas.
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«Verdes por fora, vermelhos por dentro»
Um dia depois do debate no Parlamento, em que José Sócrates acusou o Partido Ecologista «Os Verdes», que nunca concorreu só às eleições, de ser «um embuste» e um «apêndice do PCP», Jerónimo defendeu os seus parceiros de coligação e considerando deselegantes as palavras do primeiro-ministro.
«Obviamente que, quando Sócrates está apertado e não quer responder às perguntas, faz birra e usa esses esquemas que não ficam bem no plano ético», disse.
O secretário-geral dos comunistas compreende que o líder do PS e primeiro-ministro «não goste do PCP, da CDU e dos Verdes». «Mas isso é um problema dele», acrescentou.
A «força eleitoral»
Jerónimo de Sousa defendeu, porém, a CDU, em que se integram os Verdes, como um «bem democrático» e, questionado pelos jornalistas, definiu a «força eleitoral» do PEV.
«É aquela que corresponde à sua participação, ao seu empenhamento, à sua força de atracção quanto a independentes», explicou.
O PEV nunca concorreu sozinho a eleições, sempre integrou a CDU, coligação pela qual elegeu dois deputados à Assembleia da República, que he confere o direito de ter um grupo parlamentar.
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