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Passos: plano do PS é "arriscado" e "perigoso"

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Primeiro-ministro voltou a criticar as propostas socialistas, comparando-as ao modelo passado que provocou três resgates externos

Em resposta a uma questão da comunicação social, Pedro Passos Coelho concluiu que há agora "dois caminhos distintos" colocados perante os portugueses, e defendeu que o mais equilibrado e com menos riscos é o que a maioria PSD/CDS-PP tem seguido. Concordando que é necessário promover o crescimento económico, o primeiro-ministro referiu que "as perspetivas que o Governo apresentou são perspetivas de crescimento" e "beneficiam quer de uma retoma do consumo interno quer também do investimento". Segundo o chefe do executivo PSD/CDS-PP, não se pode, "por conta do futuro, dar mais rendimento disponível às pessoas hoje para gastarem, se esse rendimento não provier da capacidade para gerar riqueza hoje". Ainda quanto , o primeiro-ministro reiterou o entendimento de que "há ali elementos, fundamentos que precisam de ser melhor explicitados", e voltou a questionar se o conjunto de medidas apresentadas permite cumprir os objetivos determinados pelas regras da União Europeia.

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O primeiro-ministro considerou esta sexta-feira que o PS propõe no seu plano macroeconómico um caminho de incentivo ao consumo a contar com rendimentos futuros que é arriscado e perigoso, semelhante ao modelo passado que provocou três resgates externos. As declarações de Passos Coelho foram feitas durante um almoço promovido pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana, num hotel de Lisboa.

"Algumas das medidas que já são conhecidas revelam claramente uma preferência do PS por puxar pelo consumo dentro da procura interna, de modo a promover o crescimento da economia. E, do meu ponto de vista, esse é um caminho arriscado para Portugal, arriscado e, portanto, perigoso." 

"Precisamos de consumo, mas precisamos, sobretudo, de investimento, e é por essa via que nós temos de construir um modelo de desenvolvimento económico diferente daquele que nós tivemos no passado".

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Depois, sustentou que é fundamental manter o equilíbrio externo.

"Portanto, não precisamos de financiar o nosso crescimento com mais dívida, e precisamos também que os rendimentos que venham a ser gerados não sejam oferecidos às famílias por conta de rendimentos futuros, mas por conta de rendimentos, de riqueza gerada no presente."

"Porque nós já tivemos um modelo - predominantemente foi aquele que seguimos até 2011 em Portugal - que se caracterizou justamente por colocar a economia a crescer do lado do consumo por conta de rendimentos futuros. Ora, esse caminho revelou-se sistematicamente um caminho sinuoso que provocou por três vezes resgates externos em Portugal."

Em conclusão, Passos Coelho declarou que "há dois caminhos distintos que se oferecem hoje a Portugal", um dos quais corresponde a "usar a estratégia do passado, dar mais rendimento disponível aos cidadãos no dia de hoje sem se saber como é que depois no futuro as coisas jogarão, se teremos o rendimento necessário ou não para cobrir para essas necessidades".

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"Do outro lado temos um caminho que é aquele que temos vindo a seguir, que é um caminho mais equilibrado, que não apresenta esses riscos para as pessoas. Nós sabemos o quanto as pessoas estão cansadas de pagar caro os erros do passado e creio que devíamos evitar reproduzi-los."

ao plano macroeconómico do PS

Contudo, Passos Coelho manifestou-se convicto de que "o debate que irá ocorrer proporcionará o esclarecimento mais extensivo daquilo que são os pressupostos utilizados" e permitirá aferir "se as contas estão bem feitas".

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