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O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, admitiu este sábado a necessidade de “responder sem hesitações” à desigualdade e à pobreza, um “problema de grande envergadura” a que o Governo pretende dedicar-se com as associações do setor social.
“Na fase atual de recuperação nacional que estamos a viver, temos gradualmente mais margem de manobra para responder aos desequilíbrios sociais. Temos de responder sem hesitações ao problema da desigualdade e da pobreza. Queremos que o horizonte da prosperidade seja partilhado por todos e não apenas por alguns”, defendeu o governante.
De acordo com o primeiro-ministro, “nos últimos anos o setor social e solidário foi fulcral no amortecimento da crise junto das pessoas mais vulneráveis”.
“Conseguimos preservar a coesão social, apesar das tremendas dificuldades, devido ao trabalho incansável, dedicado e inovador das instituições de solidariedade”, destacou.
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Passos Coelho apontou ainda a criação, entre 2011 e 2015, de 46 mil postos de trabalho nesta área.
“Cerca de 46 mil portugueses encontraram neste setor um novo projeto de vida profissional”, vincou Passos Coelho.
“Queremos um Estado Social menos burocrático. Por isso, quisemos criar parcerias que permitem um trabalho em rede com instituições mais preparadas para prestar serviço aos mais vulneráveis da sociedade”, disse.
O primeiro-ministro salientou ainda o papel que o novo ciclo de fundos comunitários vai ter na área da coesão e inovação social, nomeadamente devido à criação do Programa Operacional para a Inclusão Social e Emprego.
“Deixaremos de ver os fundos europeus como oportunidades perdidas”, assegurou.
“Os fundos vão ser realmente investidos. Queremos resultados concretos na competitividade da economia”, garantiu.
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“Cada vez mais a inovação é a chave do crescimento económico. A inovação tem de ser mais acelerada nesta área [social]. No setor social os meios financeiros são mais escassos, mas os fundos são a resposta a esse problema”, observou.
Passos defendeu, por isso, uma “maior articulação, cooperação, colaboração e criação de redes no setor”, para uma maior “eficiência e eficácia das respostas”.
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