O líder do PSD disse esta segunda-feira preferir ser criticado por algumas medidas duras que propõe do que ser acusado de «ludibriar» as pessoas e garantiu acreditar nos portugueses, apesar do país ter sido «governado por incapazes».
«O país precisa de um Governo que dê o exemplo e eu, como futuro primeiro-ministro, quero dar ao país esse exemplo, o exemplo de não fazer demagogia nesta campanha eleitoral, de preferir ser criticado por alguma medidas mais difíceis que defendo, do que ser acusado de, como até aqui muitos outros fizeram, ludibriar as pessoas e prometer-lhes o que sei que o Estado não pode fazer», afirmou Pedro Passos Coelho, durante um almoço em Vila Franca de Xira.
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Sublinhando que sabe que «o país está cansado de ser governado por gente que se preparou a vida inteira para governar e só sabe governar com incapacidade e com grande incompetência», Pedro Passos Coelho deixou uma nota de optimismo, garantindo que acredita nos portugueses.
«Eu acredito que o facto de termos sido governado por incapazes não torna Portugal num país de incapazes, eu acredito nos portugueses», frisou.
Agricultura «ficará bem entregue» seja ao PSD seja ao CDS
Mas o presidente do PSD afirmou ainda que tem procurado colocar a Agricultura no centro da discussão política e considerou que essa pasta «ficará bem entregue» quer ao seu partido quer ao CDS-PP, num eventual futuro Governo de coligação.
«O Dr. Paulo Portas tem durante estes anos falado muito de Agricultura e tem mérito, não o nego. Num futuro governo vamos ver quem fica com a Agricultura, com o Mar e com o Território, mas, seja no CDS, seja no PSD, ficará bem entregue», afirmou aos jornalistas.
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O líder do PSD esteve numa acção de campanha na feira de Odivelas, na companhia de Fernando Nobre e do presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, e foi interpelado por alguns populares que lhe sugeriram que convidasse Paulo Portas para ministro da Agricultura.
«O PSD tem feito muito pela agricultura e tem procurado colocá-la no centro da agenda política. Vamos precisar que os jovens portugueses se voltem novamente para a agricultura para poder absorver emprego, acrescentar valor às exportações e podermos tornar-nos menos dependentes do exterior em termos de produção de bens alimentares», apontou.
Entre palavras de incentivo de vários populares, Passos Coelho foi questionado sobre as medidas de austeridade do FMI e se ia aumentar os impostos, ao que o líder do PSD respondeu que tudo iria fazer para «minimizar a crise de Portugal».
«Já vivi aqui em Odivelas e conheço bem esta feira. Tenho notado que a crise também já chegou aqui. As pessoas que vêem aqui à feira vêem ver mais do que aquilo que compram. Há aqui um sinal de descrença naquilo que Portugal chegou em termos de situação económica», sublinhou.
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