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CDS desmonta «voto útil» de Marcelo

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Professor disse que onde o CDS estiver «mais forte» o PSD estará «menos forte». Portas desmente: crescimento do CDS vai tirar votos é ao PS. E Mota Soares sublinha «responsabilidades» de um conselheiro de Estado

O presidente e o líder parlamentar do CDS-PP negam a teoria de Marcelo Rebelo de Sousa, segundo a qual o que está em causa nas eleições de 5 de Junho é a «importância do voto útil nos dois maiores partidos», já que, onde o CDS estiver «mais forte», o PSD estará «menos forte».

«Andam por aí a falar no que eles chamam de votos úteis. E eu pergunto: votos úteis ou deputados úteis?», questionou Paulo Portas, num jantar em Viseu.

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Segundo o líder democrata-cristão, que enumerou vários distritos onde o seu partido disputa deputados com os socialistas, «é o crescimento do CDS que vai tirar votos ao PS».

«Quando o CDS elege um deputado em vez do PSD, garanto-vos que é mais trabalhador e responsável. Mas o CDS tira sobretudo deputados ao PS, e assim ganhamos não só qualidade, mas a esquerda e o PS perdem mandatos», acrescentou.

Para Portas, a «prova do grande receio» que PS e PSD têm do CDS é que, em campanha, «os socialistas já falam de agricultura, depois de a terem desgraçado», e «os sociais-democratas falam de segurança, depois de terem estado ao lado do PS nas leis penais, na diminuição do orçamento da polícia e de terem estado contra as propostas do CDS».

«Andam preocupados connosco, uns e outros, por razões diferentes...», reforçou.

«Marcelo não pode pôr em causa relação de Cavaco com CDS»

Também o líder parlamentar, Pedro Mota Soares, criticou Marcelo Rebelo de Sousa pelos seus comentários sobre o voto útil.

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«Amanhã vamos ter mais um momento de televisão onde já sei que vamos ser postos em causa e, mais uma vez, se vai tentar fazer um apelo ao voto útil», disse, referindo-se ao comentário semanal do professor na TVI, efectuado ao domingo.

Tal como o deputado Filipe Lobo d'Ávila já tinha feito, Mota Soares recordou a Marcelo as funções que exerce. «Lembre-se que é conselheiro de Estado e que os seus deveres são: responsabilidade, contenção, equidade e imparcialidade. Tentar prejudicar o CDS com apelos ao voto útil é tudo menos isso. É, aliás, o contrário», apontou.

O líder parlamentar democrata-cristão frisou ainda ao ex-líder do PSD que um conselheiro de Estado é nomeado pelo Presidente da República. «E os seus comentários não podem pôr em causa a relação que o Presidente tem com um partido que esteve na base da sua eleição», avisou.

Já o cabeça-de-lista pelo distrito de Viseu, Hélder Amaral, alertou que «o país não está em condições de dispensar Paulo Portas». «Seria um erro clamoroso deixá-lo de fora» de um futuro Governo, afirmou.

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