Jerónimo de Sousa garantiu, esta quinta-feira à noite, que José Sócrates não teve «coragem nenhuma» em «exigir sacrifícios» aos portugueses e não aos «senhores do dinheiro».
«Sócrates nunca será capaz de explicar como é que, em tempo de crise, se justifica que durante este último mandato a banca tenha tido cerca de dez mil milhões de euros de lucro e empresas do sector energético tenham tido lucro de mais de sete mil milhões de euros», apontou, durante um comício de rua da CDU em Matosinhos, o primeiro depois de 20 anos de ausência deste tipo de iniciativas do partido naquele concelho.
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O líder comunista acusou o primeiro-ministro de «não ter tido coragem nenhuma» durante o seu mandato, já que «deixou intocáveis os senhores de dinheiro», ainda que em nome do défice e da dívida o Governo tenha «exigido sacrifícios» que acabaram «pagos pelo povo português».
«Sócrates nunca disse que os sacrifícios não foram para todos. Houve um punhado de portugueses que encheu os bolsos à custa do país», frisou o secretário-geral do PCP.
Sobre as eleições, explicou que a escolha não se situa apenas entre o PS ou o PSD, que, «durante 33 anos, andaram a experimentar» no poder, numa troca «que lembra a canção: ora agora governas tu, ora agora governo eu».
Entre PS e PSD há, então, «um falso dilema», porque «o que propõem é mais do mesmo»: «Sócrates é mais arrogante, Manuela Ferreira Leite é mais presa mas tudo é uma questão de estilo.»
Apelando ao voto, explicou que os candidatos que forem eleitos deputados «continuarão a receber o que recebiam na sua profissão e tudo o resto vai para o partido».
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