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«Somos muitos, muitos mil para continuar Abril»

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Centenas de pessoas concentraram-se junto ao antigo edifício da PIDE, no Porto

Centenas de pessoas concentraram-se esta sexta-feira junto ao antigo edifício da PIDE, no Porto, em homenagem aos torturados e assassinados pela polícia política do regime derrubado pela revolução de 25 de Abril de 1974, escreve a Lusa.

«Somos muitos, muitos mil para continuar Abril», «25 de Abril sempre, fascismo nunca mais» e «Abril vencerá» foram as palavras de ordem gritadas pelos manifestantes no momento em que foi depositada uma coroa de flores à porta do edifício, que agora alberga o Museu Militar do Porto.

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Muito arborizado, o Largo Soares dos Reis, local da concentração, era hoje um dos poucos locais frescos na cidade do Porto, surpreendida por um calor de 30 graus, contrastante com o frio e chuva das últimas semanas.

Talvez por isso, os manifestantes não mostravam qualquer incómodo pela subida da temperatura, aproveitando as muitas sombras para conversar, enquanto ouviam música alusiva ao 25 de Abril.

Muitos balões de várias cores e cravos vermelhos, verdadeiros e de papel, deram colorido à concentração, que incluiu dois curtos discursos.

«Momento de desfraldar novas bandeiras»

Sérgio Vinagre, dirigente do PCP/Porto, salientou que «muito foi perdido» ao longo destes 34 anos, pelo que «é o momento de desfraldar novas bandeiras», em defesa da liberdade, do acesso à informação e do trabalho com direitos.

«Temos hoje um Portugal mais desigual», disse, destacando a «precariedade, a insegurança e o aumento do custo de vida» como alguns dos maiores problemas actuais, que afectam, sobretudo, os jovens.

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Contudo, Sérgio Vinagre manifestou-se esperançado no sucesso da luta contra os males da actual «sociedade empobrecida», sublinhando que «os direitos que se perderam serão recuperados».

Depois dos discursos e da deposição da coroa de flores, os manifestantes partiram em desfile até à Baixa da cidade, encabeçado por um grupo de bombos.

Na primeira fila, seguia o coordenador da União de Sindicatos do Porto (USP/CGTP), João Torres, uma das poucas figuras públicas presentes na concentração.

PP

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