O Procurador-Geral da República voltou a garantir que os investigadores do caso Freeport «ouviram quem quiseram, como quiseram e onde quiseram» durante o processo, pelo que não compreende o despacho dos procuradores Paes Faria e Vítor Magalhães.
«Não há nenhuma explicação credível para não ter sido ouvido quem quer que seja, a não ser que não existissem razões para isso ou os responsáveis pela investigação (por qualquer motivo desconhecido) não o quisessem fazer», disse, numa entrevista por escrito ao DN.
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Pinto Monteiro sublinhou que o prazo limite foi proposto pela directora do DCIAP, Cândida Almeida, e «podia ter sido prorrogado, bastando para isso que a prorrogação fosse requerida».
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Afirmou ainda que, na sua «longa vida de magistrado», nunca tinha visto um despacho assim, com as 27 questões que podiam ter sido colocadas ao primeiro-ministro.
O PGR pede também ao poder político que «decida se pretende um Ministério Público autónomo, mas com uma hierarquia a funcionar, ou se prefere o actual simulacro de hierarquia em que o procurador-geral da República, como já vem sido dito, tem os poderes da Rainha de Inglaterra e os procuradores-gerais distritais são atacados sempre que pretendem impor a hierarquia».
Por último, Pinto Monteiro ataca o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, apelidando-o de «mero lobby de interesses pessoais que pretende actuar como um pequeno partido político».
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Já há inspector para o inquérito
Já foi nomeado um inspector do Ministério Público para conduzir o inquérito que vai apurar se houve anomalias e/ou irregularidades na investigação do processo Freeport, noticia o «Público».
Os investigadores da PJ e os procuradores responsáveis pelo caso vão ser ouvidos.
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