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Forças de segurança estão «num ponto limite»

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PS defende que Governo deve resolver problemas das forças de segurança

O secretário-nacional do PS, António Galamba, considerou hoje que a manifestação de polícias demonstra que estes profissionais estão «num ponto limite» e instou o Governo a concentrar-se na resolução dos problemas das forças de segurança.

«Desta vez o Governo não tem desculpa para não se concentrar na resolução dos problemas das forças de segurança, que estão num ponto limite, em que as linhas vermelhas já foram ultrapassadas», disse.

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«O Governo com esta intransigência, ao tentar encontrar soluções para os problemas que existem nas forças de segurança está a criar um problema insustentável, porque, por um lado vai alimentando o desespero e a revolta junto dos que integram as forças de segurança, mas também está a criar condições para uma situação muito perigosa em democracia que é: as próprias válvulas de escape não funcionam», considerou

«Quando se cria uma situação tão débil, tão frágil onde já nem os sindicatos muitas vezes conseguem conter os seus associados está-se a dar passos fortes para a anarquia, para a desorganização e uma desestabilização muito complicada, porque com a segurança dos portugueses não se deve brincar», sublinhou.

António Galamba lembrou que «as mulheres e os homens» que integram as forças de segurança estão, neste momento, numa «situação insustentável», que resulta de uma conjugação de vários problemas do ponto de vista dos recursos humanos e materiais disponíveis para as missões.

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«Há aqui um conjunto de situações que colocam em risco um pilar fundamental de um Estado direito democrático que são as forças de segurança e naturalmente estamos num ponto limite em que muitas matérias as linhas vermelhas já foram ultrapassadas. Portanto, o Governo desta vez não tem nenhuma desculpa para não se concentrar na resolução dos problemas», concluiu.

Milhares de elementos das forças e serviços de segurança manifestaram-se na quinta-feira em frente do parlamento, numa ação de protesto em que a tensão foi elevada, com manifestantes a conseguirem invadir parte da escadaria da Assembleia.

Durante os protestos, foram registados 10 feridos e duas pessoas identificadas por desacatos.

«Condições para o bom desempenho dos policias»

A deputada do Bloco de Esquerda Cecília Honório considerou hoje que, perante a dimensão da manifestação de polícias, o ministro da Administração Interna deve criar condições necessárias para que as forças de segurança cumpram a sua missão.

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«Os polícias vieram para a rua dar conta de que não têm as condições para a garantia da missão que desempenham. Não nos podemos esquecer que eles são responsáveis pela segurança das pessoas», sublinhou.

Segundo Cecília Honório, o Governo deve criar as condições necessárias para que os elementos das forças de segurança, vítimas das políticas de austeridade, consigam desempenhar a sua missão.

«Foi uma grande manifestação e a expetativa única, a possível, é de que o senhor ministro da Administração Interna entenda as razões do protesto e responda àquilo que está sobre a mesa e que são as condições necessárias para que as forças de segurança desempenhem as suas funções com dignidade», concluiu.

«Não pode permanecer indiferente»

O PCP disse que o Governo «não pode permanecer indiferente» perante a manifestação de quinta-feira que juntou milhares de elementos das forças e serviços de segurança em «repúdio» contra a política do executivo.

o deputado comunista António Filipe disse também que o país assistiu porventura à «maior manifestação e sempre em Portugal envolvendo profissionais das forças de segurança», e destacou a «grande abrangência de forças e serviços representados» e o «enorme número de profissionais que participaram na manifestação».

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