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Relvas e presidente da Lusófona são «irmãos» na maçonaria

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Vários elementos da Universidade com ligações maçónicas. Composição do Conselho Científico é falsa e não houve reuniões no ano em que as equivalências foram atribuídas

Miguel Relvas e o presidente do Conselho de Administração da Universidade Lusófona, Manuel Damásio, partilham a mesma obediência maçónica, o Grande Oriente Lusitano (GOL), segundo apurou o jornal «i» e a revista «Sábado». Quando o ministro se matriculou, em 2006, já ambos eram «irmãos» na maçonaria.

«Acho que esse tipo de questões é irrelevante, sem qualquer sentido a propósito deste caso. E lamento que reine esta mentalidade no nosso país», afirmou Damásio ao «i».

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Já fonte próxima de Relvas não negou esta ligação, mas garantiu que os dois nunca se encontraram em eventos maçónicos e que nem sequer se conheciam quando o social-democrata entrou na universidade.

De acordo com informações recolhidas pela «Sábado», o governante ainda frequenta a loja Universalis, a mais poderosa do GOL, tal como nessa altura. Já Manuel Damásio encontrava-se numa loja, juntamente com outros elementos da Lusófona, que acabou por dividir-se em várias lojas maçónicas. Há ainda várias docentes desta universidade que pertencem à loja Mozart, da Grande Loja Legal de Portugal (a outra obediência em Portugal). Fontes da Lusófona falam mesmo em «universidade maçónica».

O falso Conselho Científico

Ainda de acordo com o jornal «i», que cruzou os dados das listas de docentes da Lusófona, entre 2005 e 2007, enviadas para o Observatório da Ciência e do Ensino Superior e para o Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais, seis dos 16 nomes dados como pertencentes ao Conselho Científico da universidade não constavam de qualquer órgão científico nesses anos.

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A lista foi avançada pela Lusófona à Agência Lusa, após ser confrontada com a omissão dos nomes no processo consultado pelos jornalistas na segunda-feira. «Eventualmente houve algum desfasamento resultado de transformações orgânicas», justificou fonte da instituição de ensino.

O mesmo diário aponta que Selma Calasans Rodrigues, Marco António de Oliveira, Manuel Tavares Gomes, Luís Manana de Sousa, José Braz Rodrigues e Aurea Carmo Conceição nem sequer eram professores no ano de 2006, quando foi emitido o parecer que atribuiu os 160 créditos a Relvas.

Manuel Damásio tinha afirmado na TVI que foi o Conselho Científico a «validar o parecer» que consta do processo e que foi assinado por dois professores, Fernando Santos Neves e José Fialho Feliciano.

No entanto, segundo a «Sábado», uma auditoria da Inspeção-Geral do Ensino Superior, feita em 2009, e que consta do site da universidade, demonstra que o Conselho Científico não reuniu em 2005 e 2006.

Em relação aos créditos atribuídos por experiência profissional na Lusófona, a mesma inspeção concluiu que «não foi visível que a mesma seja deliberada ao nível dos conselhos científicos de cada unidade orgânica, nem ratificada pelo conselho científico universitário conforme resultaria da aplicação dos estatutos».

Contactados pela revista, dois dos docentes referidos na lista do Conselho Científico afirmam não se recordarem de avaliarem a atribuição de créditos ao ministro.

«Não me lembro de discussão sobre este assunto ou outros de equivalências. Se foi discutido, posso não ter estado nessa reunião», disse Teotónio de Souza. «Não tenho presente se participei na reunião» ou «se me pronunciei sobre o assunto», acrescentou Óscar de Sousa.

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