Paulo Portas defende a contratualização do Estado com as misericórdias para o sector da Saúde, afirmando que permitiria resolver o problema das listas de espera. «Sou totalmente a favor de uma política na área da saúde que permita fazer mais tratamentos, mais consultas e mais cirurgias» disse, durante uma visita esta segunda-feira ao jardim-de-infância da misericórdia da Covilhã.
«Como as listas de espera do estado seja para consultas, seja para operações demoram vários meses e até anos, se chegar a um acordo com as misericórdias, fazem-se mais e mais depressa», disse, afirmando que as «misericórdias são a melhor tradição social portuguesa em séculos de história». «Ainda nem havia Ministério da Saúde e já havia misericórdias», adiantou.
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O líder do CDS frisou também que estes a acordos beneficiariam sobretudo «os mais dependentes, mais idosos e que têm mais necessidades».
«Estado hostiliza as misericórdias»
Durante a visita, o Provedor da Misericórdia da Covilhã, José Mesquita Nunes, afirmou que nos últimos anos, «o Estado hostiliza as misericórdias» no que toca aos serviços de saúde.
«Os médicos do centro de saúde preferem encaminhar os doentes para fazer exames nos hospitais, onde têm de esperar meses, do que para as misericórdias, onde, por exemplo, se faz uma ecografia em 15 dias», afirmou, frisando que «o custo para o Estado é o mesmo».
Portas foi recebido na misericórdia com um coro infantil que lhe cantou a música «o balão do João». A comitiva distribuiu bandeiras às crianças, mas quando os jornalistas o chamaram à atenção para esse facto, Portas afirmou que «foi um erro» e mandou recolhe-las. «Vim visitar a Misericórdia e quando vi que tinham, porque alguém pediu, distribuído as bandeiras, pedi imediatamente que recolhessem. Quando se comete um erro rectifica-se», afirmou. Quem não gostou foram as crianças, eu ficaram assim sem o brinquedo.
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