O presidente do CDS-PP considera que a violação de correspondência diplomática, como está a ser feita através do Wikileaks, põe «em causa a segurança dos estados».
Paulo Portas entende que a diplomacia «toda a vida foi reservada e discreta» e dá como exemplo dessa necessidade o caso do processo que levou à independência de Timor-Leste.
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«Se os telegramas diplomáticos portugueses, na altura em que Portugal lutou pela independência de Timor-Leste, tivessem sido publicados e se os outros países passassem a saber quem eram os nossos aliados, isso tinha feito algum bem a Timor ou a Portugal?» questionou o líder centrista.
O jornal espanhol El País revelou quarta-feira telegramas diplomáticos publicados pelo portal WikiLeaks, segundo os quais José Sócrates e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, autorizaram que voos de repatriamento de prisioneiros de Guantánamo sobrevoassem o espaço aéreo português ou fizessem escala nas Lajes, nos Açores.
Em causa estão cinco telegramas enviados da Embaixada dos Estados Unidos em Lisboa, entre 2006 e 2009, que dão conta, segundo o diário espanhol, das «pressões» de Washington sobre o Governo português neste tema e da «cautela» com que o executivo actuou para autorizar aqueles voos.
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