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Histórias da campanha: sem Mercedes e motoristas, o trabalho fica tão longe...

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A jornalista está a acompanhar a campanha dos candidatos presidenciais. Siga também em http://twitter.com/CatPereira

6h00: toca a acordar! Como eu, milhares levantam-se da cama na Margem Sul e preparam-se para fazer uma travessia rotineira e desgastante. Ainda é noite cerrada, mas atravessar o Tejo tem destes custos.

6h30: a primeira fase é feita a pé. Cumprimento um vizinho, vejo dois idosos a passear os cães e os primeiros cafés a abrir. Há vida a esta hora.

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7h30: a minha boleia leva-me até Corroios, para aí encontrar a campanha de Fernando Nobre.

8h05: apanhamos o Metro Sul do Tejo. Connosco, muitos jovens incomodados com «a caravana» que acompanha o candidato. São a «geração traída, a geração do call-center», aponta Nobre.

8h30: chegamos a Cacilhas e Fernando Nobre compra o seu bilhete para atravessar o rio de barco. Não vai falar muito com as pessoas que esperam e desesperam, como todos os dias, para ir trabalhar. Timidez? «Não sou uma pessoa tímida, respeito é a sua privacidade», justifica o candidato.

8h40: apanhamos o «cacilheiro». A viagem é curta e as belas vistas não são gozadas por aqueles que as vêem todos os dias. «Não se faz campanha eleitoral a esta hora...», ouvimos.

Clique na imagem para ver as fotos:

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8h50: chegamos ao Cais do Sodré e procuramos o metro de Lisboa.

9h00: temos sorte e não temos de esperar muito pelo metro, que está apinhado. Um eleitor dirige-se a Fernando Nobre. «Já viu, doutor? Nós não andamos de Mercedes, não temos motoristas, e temos de fazer isto todos os dias para ir trabalhar». Gasta quase 100 euros por mês em transportes públicos.

9h13: chegamos à estação do Areeiro e começamos a sentir a Lisboa da hora de ponta.

9h25: apanhamos o autocarro número 708 até às instalações da RTP, onde Nobre vai dar uma entrevista à Antena 1. Um apoiante conta que amanhã vai ter de fazer duplo turno no trabalho porque hoje está a faltar para acompanhar o candidato.

9h40: chegamos ao nosso destino, uma hora e 35 minutos depois do arranque. Quase quatro horas depois de acordar, seria este o meu trajecto diário se vivesse em Corroios e trabalhasse na RTP. O trajecto de «centenas de milhares de portugueses» que Fernando Nobre quis testemunhar esta quarta-feira.

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