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Orçamento retificativo: Marisa Matias promulgava, Edgar Silva vetava

No debate televisivo que colocou os candidatos do BE e PCP frente a frente, Marisa Matias e Edgar Silva revelaram posições diferentes quanto à solução encontrada para o Banif

Já o antigo padre, sublinhando tratar-se de uma "injustiça clamorosa obrigar cidadãs e cidadãos de Portugal a despejar mais dinheiro na falência de um banco para tentar salvar a atividade especulativa e toda a atividade perversa", admitiu uma primeira censura política. Marisa Matias afirmou que ambas as candidaturas partilham "todas as questões relacionadas com os direitos do trabalho, do combate à precariedade, dos direitos das crianças", depois de Edgar Silva frisar aqueles pontos como os distintivos.

Os candidatos presidenciais apoiados por BE e PCP esclareceram esta quarta-feira as suas posições sobre o orçamento retificativo do Governo PS devido à resolução do Banif, com Marisa Matias a admitir a promulgação a posteriori e Edgar Silva o veto.

Em debate televisivo na RTP, a eurodeputada bloquista viu-se obrigada a reconhecer que, "se a Assembleia da República se pronunciasse num determinado sentido", sabia "muito bem que caberia ao Presidente promulgar", enquanto o antigo deputado regional madeirense, que tinha anunciado, dadas as circunstâncias, que viabilizaria o documento, vincou que também poderia optar por reenviar o orçamento retificativo ao parlamento.

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"É preciso uma Presidente que se bata pelo país, que o defenda em todos os momentos, mesmo os mais difíceis" e "a posição da maioria e do Governo era a da integração [do Banif] na Caixa Geral de Depósitos", o que "seria uma mensagem forte para Bruxelas da Presidente", vincou a dirigente bloquista.

"Mas, numa situação extrema, que poderes tinha o Presidente que não, em última instância, viabilizar este orçamento retificativo? Demitia-se ou dissolvia a Assembleia da República?", questionou Edgar Silva, invocando o "sentido de responsabilidade".

Confrontado com as notícias de um teste nuclear por parte do regime comunista da Coreia do Norte, o dirigente do PCP defendeu que o Presidente da República "deve ter, no plano internacional e no quadro das Nações Unidas, uma intervenção muito veemente na defesa de uma cultura de paz", pelo "desarmamento e crítica violenta da lógica belicista", citando os casos de Irão ou Estados Unidos.

"Não vejo que seja um privilégio [exclusivo] da Coreia do Norte", limitou-se a afirmar sobre a sua opinião de o regime liderado por Kim Jong-un ser ou não ditatorial, enquanto Marisa Matias afirmou tratar-se de "uma ditadura que ataca o seu povo".

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