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Rui Rio alerta partidos: Portugal pode imitar Grécia

Se país continuar a cavar «o fosso entre os partidos mais moderados e as pessoas» será isso que vai acontecer, segundo o ex-presidente da câmara do Porto

O ex-presidente da câmara do Porto falava, ao princípio da noite de hoje, em Coimbra, numa sessão de apresentação do livro «Rui Rio de corpo inteiro».

Rui Rio compreende os resultados eleitorais na Grécia e entende que Portugal está exposto a idêntico fenómeno se a distância entre os partidos moderados e os cidadãos se acentuar.

«Aquilo que aconteceu na Grécia [vitória da esquerda nas legislativas de 25 de janeiro deste ano], também pode, eventualmente, acontecer em Espanha» e mesmo em Portugal, se se continuar a cavar «o fosso entre os partidos mais moderados e as pessoas»

O também antigo deputado do PSD compreende a opção dos cidadãos gregos, mas não concorda com ela, «nem votaria assim» se fosse eleitor naquele país, assegurou, citado pela Lusa.

«Estes resultados [eleitorais na Grécia] vêm de encontro» ao perigo para o qual «tenho alertado. É preciso inverter o «cada vez maior afastamento das pessoas» da política

Os partidos são «um pilar fundamental do regime democrático», mas «estão desacreditados», afirmou o antigo dirigente social-democrata, considerando que «não há um afastamento das pessoas em relação aos políticos, mas – e isso é mais grave – há um afastamento» entre os cidadãos e a política.

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«Os políticos não são todos iguais» e “há políticos de qualidade, mas [estes] são cada vez menos», salientou.

Presidenciais

Sobre a sua eventual candidatura à Presidência da República ou a primeiro-ministro, Rui Rio, questionado por participantes na sessão, disse «a mesma coisa» que tem dito, isto é, voltará se «sentir que há entusiasmo em torno do [seu] regresso a um eventual cargo político».

Não se trata de esperar por «uma passadeira vermelha» ou «uma manifestação nos Aliados», mas antes de reafirmar que «qualquer regresso à vida pública, à vida política, há de passar por aquilo que for» a sua «sensibilidade»

Na sessão de apresentação da biografia de Rui Rio também intervieram o autor do livro (que foi lançado em dezembro), Mário Jorge Carvalho, e o deputado e professor da Faculdade de Direito de Coimbra Paulo Mota Pinto.

Na apresentação da obra e do biografado, Paulo Mota Pinto apontou «a seriedade e a transparência», «a independência de espírito e a coragem» e «a firmeza e o rigor» como características de Rui Rio, que também possui «flexibilidade para promover consensos».

«Penso que Portugal tem ainda muito a esperar de Rui Rio», afirmou o antigo membro do Tribunal Constitucional.

 

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