Já fez LIKE no TVI Notícias?

António Costa admite repor pensões para níveis de 2011

Relacionados

Candidato às primárias do PS garante «cumprimento escrupuloso» das decisões do Tribunal Constitucional

António Costa admitiu esta terça-feira repor as pensões para os níveis de 2011, se vencer as primárias do PS, que lhe darão a oportunidade de se candidatar a primeiro-ministro nas próximas legislativas.

Um «sinal importante para se perceber que abandonamos a estratégia com base no empobrecimento» é subir o salário mínimo nacional e repor as pensões, garantindo o «cumprimento escrupuloso» das decisões do Tribunal Constitucional, disse António Costa, em entrevista à Rádio Renascença.

PUB

Questionado se existe folga para isso, respondeu que sim, «é uma matéria já decidida pelo TC». Costa explicou que os pensionistas não recuperam o que perderam - «não estou a dizer que vamos pagar o que não receberam estes anos, estou a dizer que vão voltar a receber normalmente», esclareceu. «Vão passar a receber o mesmo que recebiam em 2011?», questionou a jornalista. Sem especificar, não a contestou na resposta: «E mais: não vão sofrer novos cortes no futuro».

Recorde-se que o acórdão do TC sobre o Orçamento Retificativo declarou inconstitucionais as normas que criam a contribuição de sustentabilidade e a sua fórmula de cálculo, por violação do princípio da proteção da confiança. A este propósito, no final de julho, António Costa tinha admitido acabar com os cortes nas pensões, «porque as pessoas têm direito a ganhar a pensão que constituíram e que não lhes deve ser retirada», alegando, ainda, que não são as pensões que impedem a sustentabilidade da Segurança Social, mas sim o elevado nível de desemprego. Desta vez, deixa passar a ideia mais concreta de que a reposição será para os níveis de 2011.

PUB

E se, em março, o PS dizia que isso seria impossível, no imediato, também no final de julho, António José Seguro já prometia o contrário: «Um Governo do PS por mim liderado irá acabar com a contribuição de sustentabilidade, isto é reporá o corte das pensões e nas reformas que foi feito e, por isso, o que tenho a dizer aos reformados e pensionistas é que não desistiremos de repor as pensões e as reformas, tal como foram definidas antes dos cortes aplicados por este Governo».

Já o Executivo de Pedro Passos Coelho pondera apenas aliviar os cortes nas pensões, na proposta de Orçamento do Estado para 2015.

Voltando à entrevista a António Costa, o adversário de António José Seguro às primárias do PS não quis, mais uma vez, comprometer-se com a diminuição de impostos. Só revelará a sua posição, quando apresentar o seu programa eleitoral. «Não é só porque não conheço as contas. É porque nenhum de nós sabe quais são as regras que vão estar em vigor daqui a um ano. Admita o seguinte: devido à situação da França, a União Europeia tem que alterar a trajectória das metas e fazer como está previsto no próprio Tratado Orçamental: ajustar as metas do ajustamento ao ciclo económico. Provavelmente vai acontecer. Se assim for, teremos certamente uma folga superior à que temos neste momento», afirmou na mesma entrevista.

PUB

Relacionados

Últimas