Para o PS, a decisão do Governo de reabrir o processo de privatização da TAP, alienando 66% do total do capital, perdendo, assim, o controlo maioritário da transportadora aérea, é «inaceitável». Já o PCP fala mesmo num «escândalo».
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Começando pela posição socialista, ela foi transmitida aos jornalistas pelo vice-presidente da bancada, Pedro Nuno Santos, dizendo que a TAP «é uma empresa estratégica para o setor exportador nacional, para o turismo de Portugal, mas também estratégica para a comunidade portuguesa espalhada pelo mundo, para os dois arquipélagos do território nacional e para os países da lusofonia»..
«O PS não aceita que o Estado perca o controlo maioritário na empresa e bater-nos-emos para que mantenha uma posição maioritária. Se o objetivo é promover a capitalização da empresa, isso não justifica que o Estado possa perder o controlo maioritário»
Pedro Nuno Santos considerou ainda falsa a ideia de que o Estado ficará sempre com 34% do capital, já que essa fatia, de acordo com o dirigente da bancada do PS, está em causa a médio prazo.
«O Governo diz que a venda ao adquirente dos restantes 34 por cento fica dependente de uma avaliação do cumprimento das obrigações por parte do privado. Isto é, se num prazo de dois anos o Governo entender que as obrigações do privado foram cumpridas, os 34 por cento do remanescente podem ser vendidos. Estamos assim a falar na possibilidade de uma privatização total da TAP».
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«É um escândalo, é uma situação inaceitável em que corremos o risco de perder uma empresa de valor estratégico, de dimensão nacional, que faz falta ao país, uma empresa de bandeira, com todo o prestígio que isso significava, em troco de mais um negócio», afirmou Jerónimo de Sousa. «É dramático» que o Governo venda «tudo ao estrangeiro».
Quis «sublinhar o mau contributo que deu o PS quando admitiu a privatização parcial». «Nós sabemos que tudo começou pelo parcial para depois ser total», declarou, reiterando a exigência de demissão do executivo «antes que dê cabo do resto».
Entretanto, a ministra das Finanças já veio admitir que quer mesmo uma privatização a 100% da transportadora aérea.
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