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O PS considerou esta terça-feira que o primeiro-ministro indigitado, Pedro Passos Coelho, apresentou uma proposta de Governo "provisório" que "tem os dias contados", que surge como continuidade do anterior e cuja solução revela esgotamento.
Desde logo, na página oficial de Facebook de António Costa, o novo Governo foi descrito como "sem futuro", e uma "clara demonstração de continuidade sem evolução".
A constituição do governo que acaba de ser anunciado pela direita é uma clara demonstração de continuidade sem evolução....
Posted by Costa 2015 on Terça-feira, 27 de Outubro de 2015
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"A apresentação deste Governo provisório por parte da coligação PSD/CDS é uma continuidade do passado sem qualquer evolução. Estamos perante uma proposta de um Governo fechado sobre si próprio, esgotado e que é incapaz de fazer sequer uma interação com a sociedade portuguesa. É por isso um Governo sem futuro e que tem bem consciência disso", sustentou a presidente da Federação de Setúbal do PS.
"Há de tal forma a consciência disso que nem sequer se é capaz de se apresentar uma proposta capaz de fazer o mínimo de interação com a sociedade portuguesa. Estamos perante um Governo a curto prazo e que sabe que tem os dias contados", declarou.
Em comparação com o anterior Governo, Pedro Passos Coelho pretende agora criar três novos ministérios na orgânica do XX Governo: o Ministério da Cultura, Igualdade e Cidadania, o Ministério dos Assuntos Parlamentares - que deixa de estar integrado com a Presidência - e o Ministério Modernização Administrativa. Por outro lado, o Ministério do Desenvolvimento Regional é agora integrado no Ministério da Presidência.
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Confrontada com o facto de a criação do Ministério da Cultura corresponder à posição defendida pelo PS, Ana Catarina Mendes referiu que essa mudança na orgânica do executivo faz parte do programa eleitoral apresentado pelos socialistas, mas afastou a possibilidade de haver uma aproximação com a coligação PSD/CDS-PP nos próximos dias.
"O PS está a trabalhar numa proposta alternativa de Governo credível, com rigor e com seriedade para demonstrar à sociedade portuguesa que é possível fazer um executivo melhor", respondeu.
"O PS está concentrado em construir um Governo alternativo na sequência das eleições do passado dia 04 de outubro, que transformaram o parlamento na peça central da vida política portuguesa, havendo [agora] uma maioria alargada. É nesse esforço coletivo de união de vários esforços de vários partidos que apresentaremos aos portugueses uma alternativa rigorosa e credível", acrescentou.
É a "vontade" de que fique tudo na mesmaPUB
"Os Verdes consideram que a constituição do Governo proposta por Pedro Passos Coelho demonstra uma efetiva vontade de continuação de toda a lógica política prosseguida nos últimos quatro anos. A generalidade dos ministros mantém-se e aqueles cujo nome é proposto pela primeira vez garantem a continuidade dessas políticas", diz o partido - que concorreu às legislativas coligado com o PCP -, numa nota enviada às redações.
Os ecologistas salientam ainda a proposta de continuação de Jorge Moreira da Silva à frente do Ministério do Ambiente, assinalando que o social-democrata "acentuou uma diretriz na política do ambiente virada para o serviço aos grandes grupos económicos e conviveu bem com o desinvestimento público na área do ambiente".
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