O deputado do PS Marques Júnior afirmou, esta quinta-feira, que na audiência de quarta-feira com a Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA) os socialistas reconheceram ser «necessário» que Severiano Teixeira integre as associações militares na discussão dos diplomas.
«O que o PS reconheceu foi a necessidade do cumprimento da lei», disse à Agência Lusa o deputado socialista e porta-voz do partido na comissão parlamentar de Defesa.
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Na quarta-feira a AOFA adiantou que «todos os partidos» com representação parlamentar reconheceram que a tutela deve ouvir as associações militares.
«É muito importante para a AOFA poder ser recebida pela comissão de Defesa, tendo isto um significado particular, porque representa aquilo que deve ser o diálogo entre o poder político e as associações profissionais de militares (...) de um modo geral, a posição de todos os deputados foi de uma grande compreensão para os problemas existentes nas Forças Armadas e foi reconhecido que é necessário ouvir as associações», afirmou no final da audiência o vice-presidente da associação militar, comandante Sequeira Alves.
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Interrogado pela Lusa sobre se os deputados do PS teriam manifestado esta mesma posição, o militar foi lacónico: «Afirmativo!».
O deputado e capitão de Abril, Marques Júnior, confirmou hoje no Parlamento estas palavras, esclarecendo que a audição das associações militares representa «o cumprimento da lei».
«Confirmo, na medida em que isso representa o cumprimento da lei e o que a lei diz é que as associações devem ser integradas e ouvidas pelo ministro da Defesa», acrescentou.
Comissão parlamentar «fez o seu papel»
Já o deputado do PS e presidente da comissão de Defesa, Miranda Calha defendeu que a comissão parlamentar «fez o seu papel ao receber e ouvir as preocupações da associação», mas não se quis pronunciar sobre se o ministro Nuno Severiano Teixeira deve ou não ouvir as associações na discussão de diplomas sobre matérias socioprofissionais, advogando que isso «não lhe diz respeito».
Contactado pela Lusa, também o deputado do PS e membro da comissão, José Lello, recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto.
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