Já fez LIKE no TVI Notícias?

Dos combustíveis às uniões homossexuais

Os temas que unem e dividem os candidatos à liderança do PSD

O papel do Estado, a crise, o desemprego, o relançamento da economia, o preço dos combustíveis, a união entre homossexuais e a imigração ilegal também captam a atenção dos discursos dos três candidatos à presidência do PSD.

Investimento, Estado e Segurança Social

PUB

A opinião dos três candidatos sobre o peso do Estado alinha pelo mesmo diapasão. Passos Coelho apela a que se retire «o Estado do domínio das empresas»: «Não há nenhuma razão para que o Estado ainda ande a gerir empresas. As empresas devem ser conduzidas pelos empresários».

Manuela Ferreira Leite também critica o papel do Estado e aponta o dedo aos Projectos de Interesse Nacional, considera que o Governo «escolhe a dedo» as empresas que se desenvolvem, em vez de criar condições para que todas o consigam.

Na formalização da sua candidatura, Santana Lopes dedicou uma boa parte do seu discurso ao papel do Estado que funciona como «ópio da paralisia», que enfraquece a Nação, e garante que o país ainda «não se libertou da canga do Estado providência, dessa noção de que os cidadãos têm todos os direitos mas não têm deveres».

Passos Coelho deixa um aviso sobre o «saco sem fundo, que pode oferecer tudo a toda a gente... Não pode! O Estado tem de oferecer a quem precisa».

PUB

Ferreira Leite, que em entrevista à RTP assegurou ser «mais humanista» do que o «tecnocrata» Sócrates, deixa um alerta para «o endividamento das famílias e os novos pobres». Para a ex-ministra das Finanças é fundamental pensar nos «problemas das pequenas empresas que, se não sobreviverem - como muitas não estão a conseguir -, deixa os trabalhadores na pobreza, sem sequer terem segurança social».

Nesta faixa, a mais «preocupante», é a dos 40/50 anos: «Não têm esperança de conseguir emprego e esse é o problema. É isso que compete ao Estado resolver, ajudar. Não é mandar nas empresas, meter-se na nossa vida privada», como o Estado pensado pelo PS tem feito, garante a ex-ministra, que fez questão de frisar as diferenças entre o Governo socialista e o PSD no que respeita ao conceito de Estado, uma questão também pelo adversário na corrida social-democrata, Santana Lopes.

Preço dos combustíveis

A escalada dos preços dos combustíveis preocupa o candidato Passos Coelho, que acusa o Governo de amealhar mais impostos do que previa «à boleia» do preço do crude, incitando o Executivo de José Sócrates a alterar o IVA da gasolina e do gasóleo e não o Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).

PUB

«Quando aplicamos um imposto como o IVA em cima de um preço que evolui muito rapidamente, o Estado ganha muito rapidamente muito mais impostos do que tinha suposto». Para o ex-líder da JSD, «o Estado está a ter uma receita que não esperava e que é muito mais elevada, paga pelas pessoas e pelas empresas».

Ferreira Leite mostrou-se preocupada com o aumento dos combustíveis, admitindo uma descida do ISP. Mas a candidata, em matéria fiscal, é cautelosa: é preciso que nos cofres do Estado exista «uma margem de receita» que permita tal alteração no imposto.

União civil entre homossexuais

Passos Coelho é favorável que duas pessoas do mesmo sexo possam celebrar alguma forma de contrato civil semelhante ao casamento, porque «ninguém deve ser discriminado ou limitado nos seus direitos em função da sua opção sexual».

À pergunta formulada pela agência Lusa, Ferreira Leite optou por não responder, enquanto Santana declarou-se contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo: «O Estado, enquanto regulador da vida dos portugueses, não deve intervir nesse âmbito de onde se conclui que não sou a favor da oficialização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo».

Saiba ainda o que pensam os candidatos sobre a imigração ilegal e a crise económica.

*(Com agência Lusa)

PUB

Últimas