O vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD) Marco António Costa foi recebido esta terça-feira em Luanda pela direção do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), reunião descrita como "histórica", mas marcada pela situação económica nos dois países.
À saída da reunião na sede nacional do MPLA, o dirigente social-democrata classificou o encontro, em que participaram as mais altas figuras do partido no poder em Angola desde 1975, como "muito útil e proveitoso".
"É uma reunião histórica porque é a primeira vez que os dois partidos se reúnem ao mais alto nível", disse Marco António Costa, após analisar com a direção do MPLA a situação social e económica de Portugal e de Angola, bem como o momento atual dos vários níveis das relações bilaterais.
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"Nos últimos tempos este é o encontro mais importante que a direção do MPLA teve com o PSD", disse, igualmente no final da reunião, o vice-presidente do partido maioritário em Angola, Roberto de Almeida.
Roberto de Almeida defendeu que o encontro de hoje, e os que se seguem até quinta-feira, vão permitir definir um quadro de "cooperação mais estável" e futuros encontros mais regulares entre os dois partidos.
"Serviu para podermos perspetivar o relacionamento futuro, num quadro mais reforçado e com o envolvimento de várias outras instituições de cada um dos nossos partidos", explicou o vice-presidente do MPLA.
"Através dos partidos é sempre o povo português que é alvo das nossas atenções", acrescentou Roberto de Almeida.
Reuniões que para o vice-presidente do PSD servem para dar a conhecer "em detalhe" o que afirmou ser a recuperação da economia portuguesa aos "irmãos angolanos", face às dificuldades e austeridade que também Angola vive, neste caso devido à forte descida da cotação internacional do barril de petróleo.
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"Deixamos portas abertas e pontes abertas para no futuro continuar a haver um diálogo construtivo entre os dois países, de forma mais regular e mais permanente", afirmou Marco António Costa, apontando a meta de uma "abrangência mais ampla" nas relações com o MPLA.
"É muito importante continuar a haver investimento estrangeiro em Portugal, nomeadamente angolano", rematou Marco António Costa, enquanto o vice-presidente da MPLA sublinhou que as diferenças ideológicas entre os dois partidos (respetivamente de direita e de esquerda), não são impeditivas do reforço das relações.
"O MPLA tem relações com formações políticas de todos os quadrantes. Nós colocamos as relações políticas acima das ideologias", cita a Lusa.
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