O líder do PSD afirmou este domingo que José Sócrates poderá ser confrontado com uma grave crise no governo quando terminar a presidência portuguesa da UE e tiver de enfrentar os problemas reais, tal como aconteceu com António Guterres, informa a agência Lusa.
«A partir de Janeiro, quando José Sócrates tiver de discutir o país sem cimeiras, não sei se não acontecerá algo como aconteceu com António Guterres, quando desceu ao real, após a Presidência Portuguesa», afirmou Luís Filipe Menezes, acrescentando: «Vai aparecer uma grande crise no governo após esta festa e as coisas vão-se complicar para José Sócrates».
PUB
Menezes explicou que uma das razões que levou o PSD a «ter novas ideias sobre a ratificação do Tratado Europeu» foi precisamente para evitar que «o primeiro-ministro tivesse os portugueses mais seis meses distraídos dos problemas do país, com a discussão do Tratado».
«Somos europeístas e se houver referendo apelamos ao sim, mas pode haver um voto de castigo dos portugueses ao governo, colocando em causa as nossas responsabilidades no projecto europeu», vincou.
Oposição efica<
«O PSD está no bom caminho. Os estudos de opinião indicam um crescimento sustentado e devemos ser serenos porque as eleições são daqui a dois anos. Primeiro temos de convencer os portugueses a estarem atentos às nossas propostas e depois vão aderir», afirmou.
Procurando transmitir confiança aos militantes, Luís Filipe Menezes declarou que «já há uma enorme impopularidade do governo» e afirmou que «o grupo parlamentar vai ser uma peça fundamental neste combate» para levar o PSD à vitória em 2009.
Menezes considera que, «ao contrário do que os socialistas dizem, o PS não ganhou o debate parlamentar sobre o Orçamento e vai ter muitos mais debates com o PSD. Interessa pouco estar a ganhar por um a zero ao intervalo e o PSD é bom nas segundas partes».
PUB