Pinto Monteiro deve ter uma forma de comunicar «mais exigente». Quem o defende é o líder parlamentar do PSD, Aguiar Branco, a propósito das mais recentes declarações do procurador-geral da República sobre o processo «Face Oculta».
«O senhor procurador deve ter uma forma de comunicar que contribua para a tranquilidade, para a serenidade e para a transparência, e não para deixar aqui também algum clima, eu diria, de ansiedade, pelo menos», afirmou Aguiar Branco.
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Na segunda-feira, Pinto Monteiro afirmou que «dentro de uma semana» será «tudo esclarecido e tornado público» em relação às certidões extraídas do processo «Face Oculta».
O líder Parlamentar da bancada «laranja» defendeu, no Parlamento durante um encontro com a Comunicação Social, que o procurador deveria ter uma «preocupação mais forte» na «forma de comunicar».
«Já no passado houve situações também menos felizes, como quando disse que ouvia uns barulhinhos no telefone. A forma de comunicar deve ser mais exigente», declarou.
Aguiar Branco afirmou que quer «acreditar que a justiça faz o seu papel» no processo «Face Oculta» e defendeu que as esferas judicial e política não se devem misturar.
De acordo com a Agência Lusa, na segunda-feira, Pinto Monteiro afirmou aos jornalistas que «é completamente falso» que tenha recebido as certidões do processo há quatro meses sem fazer nada.
Já no sábado, o PGR confirmou ao jornal Expresso que uma das nove certidões extraídas do processo se refere a escutas entre o primeiro-ministro, José Sócrates, e o vice-presidente do BCP, entretanto suspenso, Armando Vara. A Procuradoria está a analisar o caso para perceber se existem ou não fundamentos para a abertura de um inquérito crime, segundo as declarações de Pinto Monteiro.
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