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«Quando Sócrates erra, erra em grande»

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Santana Lopes apontou «armas» ao PS e pediu união ao partido

Antes de Pedro Santana Lopes falar, já os militantes e congressistas gritavam «PSD». A intervenção prometia e não desiludiu. Santana Lopes apontou a bateria ao Governo PS e a José Sócrates mas, pelo meio, pediu união ao PSD, porque o partido «ganha» quando se une.

Durante meia hora, ouviram, aplaudiram e gritaram PSD. O congresso aconteceu por sua iniciativa e, mesmo os que não o desejavam, renderam-se. As palavras de Santana Lopes centraram-se no país e «como chegou Portugal ao estado em que está?».

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De uma coisa Pedro Santana Lopes parece não ter dúvidas, enquanto algumas pessoas, dentro do partido, «preferirem que os adversários internos percam» em vez dos adversários políticos, o PSD não irá longe. «Esta é a chave, o ponto», defendeu.

«Portugueses não sabiam quem Sócrates era»

Depois o alvo: «Quando Sócrates erra, erra em grande», acusou e exemplificou: «O fecho de maternidades e centros de saúde; o aeroporto na Ota ou os investimentos públicos megalómanos».

E de bom? «Porque sabemos distinguir o que se faz bem do que se faz menos bem», Santana Lopes lembrou «a renovação do parque escolar, a construção de barragens, as energias renováveis e o Tratado de Lisboa».

Mas, «os portugueses não sabiam quem Sócrates era», disse Santana, alegando que este, com o PS, «enfiaram o maior barrete que alguma vez se viu a Portugal». «E foi à custa deste embuste que Sócrates e Constância construíram um défice imaginário, que culpava o meu governo de quatro meses», ironizou.

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E foi no passado, que Pedro Santana Lopes encontrou os primeiros sinais de desunião no PSD. «Desde 95, após a saída de Cavaco Silva, que só voltámos a ganhar quando nos unimos. Temos de reflectir sobre isso. Sinais de desunião começaram mesmo antes de Durão Barroso sair», relembra Santana.

«A má moeda»

Mas um episódio, ou melhor, um artigo parece estar marcado na memória do ex-líder laranja. «O sr presidente [Cavaco Silva] não poderá levar a mal que lhe pergunte daqui», após a vitória do PS e de Sócrates (em 2005), «se era esta a boa moeda»?

E, de regresso ao primeiro-ministro, solidarizou-se «com indignação» pela forma como este tem sido tratado e enxovalhado por alguns órgãos de comunicação social. Logo depois, lamentou «os dois pesos e duas medidas» que a Justiça parece ter perante notícias relativas a pessoas ligadas ao PS e notícias relativas a pessoas ligadas ao PSD.

Questionou ainda a posição assumida por José Sócrates, porque não pode «negar e dizer que confia na Justiça» perante todos os casos denunciados, já que isso «faz o cidadão comum». Santana Lopes dá duas hipóteses ao primeiro-ministro: «Ou se demite ou dá um murro na mesa e exige um esclarecimento cabal de toda a situação».

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Balanço positivo

Logo no início do seu discurso, Pedro Santana Lopes dedicou algumas palavras a Manuela Ferreira Leite que «enfrentou em directas há dois anos».

Assumiu que a líder então eleita, «o convenceu no exercício das suas funções» e revelou, na frente do PSD, «um grande sentido de honra e dignidade». Por isso mesmo, considerou que o balanço da sua direcção «é positivo, porque o positivo não é só feito de grandes vitórias».

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