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PP repudia «afirmação racista» de deputado

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A direcção do CDS-PP repudiou esta terça-feira «clara e frontalmente» as declarações do deputado Hélder Amaral, considerando que o líder da distrital de Viseu introduziu «uma tónica racista» na sua intervenção, noticia a agência Lusa.

«Nós repudiamos clara e frontalmente a afirmação racista do deputado Hélder Amaral», disse à Lusa José Girão Pereira, membro da comissão executiva do CDS-PP.

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Em conferência de imprensa, Hélder Amaral negou as acusações de Maria José Nogueira Pinto de que a teria agredido no Conselho Nacional, ameaçando levar o caso para os tribunais.

«Para se fazer de vítima, a dra. Maria José Nogueira Pinto invocou a sua condição de mulher que um homem a teria agredido. Se isso fosse verdade, era a pior das cobardias. Mas é demagogia da mais barata, tal como seria eu vir aqui dizer que ela me está a atacar por não ser branco como ela. Não irei por aí», acrescentou o deputado democrata-cristão, apoiante de Paulo Portas.

Para o dirigente Girão Pereira estas afirmações são «indignas de um deputado».

«Manifesto a minha indignação pelo facto de um deputado ter introduzido uma tónica racista na sua intervenção», afirmou o ex-autarca de Aveiro, salientando que o CDS «sempre defendeu políticas anti-racistas e anti-xenófobas».

Girão Pereira lamentou ainda que Hélder Amaral se tenha referido desta forma a Maria José Nogueira Pinto, «a única mulher líder parlamentar que o CDS teve» e destacou a sua obra em várias instituições de solidariedade social.

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Na segunda-feira, Maria José Nogueira Pinto acusou Hélder Amaral de ter a agredido nas costas, no final do Conselho Nacional do CDS-PP realizado domingo, em Óbidos.

No entanto, o deputado e líder da distrital de Viseu dos democratas-cristãos afirma que a acusação é completamente falsa e desafiou a presidente do Conselho Nacional a apresentar provas.

Caso contrário, acrescentou o deputado democrata-cristão, o caso poderá chegar aos tribunais.

O Conselho Nacional do CDS-PP terminou num clima de caos, quando Maria José Nogueira Pinto anunciou a convocação de um Congresso, com base num requerimento promovido por Leiria que recolheu mais do que as mil assinaturas necessárias para a realização de uma reunião magna, segundo os estatutos.

Os apoiantes de Paulo Portas rejeitam, contudo, esta decisão da presidente do Conselho Nacional, reclamando a vitória da sua proposta de directas imediatas, que obteve cerca de 65 por cento dos votos dos conselheiros nacionais.

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