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Timor-Leste: GNR vai continuar no país

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José Sócrates garantiu que militares portugueses ficam mesmo que missão da ONU acabe

O primeiro-ministro português garantiu ao presidente timorense que os efectivos militares que a GNR mantém em Timor-Leste continuarão no país, mesmo que a ONU decida pôr cobro à UNMIT, em Fevereiro de 2008, assegurou esta segunda-feira José Ramos-Horta, escreve a Lusa.

O anúncio de Ramos-Horta foi feito aos jornalistas à saída de um encontro de quase uma hora com José Sócrates, em Lisboa, em que o presidente timorense pediu os «bons ofícios» de Portugal junto das Nações Unidas para que a missão da ONU, que termina em Fevereiro de 2009, seja prorrogada por, pelo menos, mais um ano.

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«Pedi a Portugal que interceda junto da ONU para que o Conselho de Segurança prorrogue, por mais um ano, a missão em Timor-Leste e que, se a missão acabar, que a GNR se mantenha no país», disse o chefe de Estado timorense, acrescentando que a disponibilidade de Sócrates foi «total».

De qualquer forma, afirmou Ramos-Horta, seria «importante» que a Missão Integrada das Nações Unidas em Timor-Leste (UNMIT) ficasse por mais tempo no país, «para evitar os erros cometidos no passado», designadamente em 2002, quando «saiu precipitadamente» e a crise «deflagrou».

«Todos os timorenses ficarão contentes»

A UNMIT, que integra a Polícia das Nações Unidas (UNPOL) e as Forças de Estabilização Internacionais (ISF, que incluíam militares australianos e neo-zelandeses), chegou na contar com cerca de 5.000 efectivos, 230 deles portugueses, sobretudo na altura das eleições legislativas de Junho de 2007.

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A missão foi criada em Fevereiro de 2006 através de uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para travar a onda de violência vivida no fim do primeiro trimestre desse ano em Timor-Leste.

Já em Maio de 2007, numa entrevista à Lusa em Lisboa, o representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, manifestou a intenção de propor ao Conselho de Segurança a prorrogação do prazo, uma vez que há que formar novos agentes da Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL), processo «moroso» e que deverá demorar, «no mínimo», cinco anos.

Isso mesmo foi confirmado hoje por Ramos-Horta, que adiantou ser necessário formar mais agentes e oficiais da PNTL, bem como das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), e que, se a UNMIT terminar, o governo português está «totalmente disponível» para assegurar a continuação dos actuais 230 militares portugueses da Guarda Nacional Republicana (GNR) que se encontram no país.

Timor: Ramos Horta propõe amnistia

«O primeiro-ministro português manifestou total disponibilidade para continuar a colaborar com Timor-Leste, em todas as áreas, incluindo a da Defesa», assegurou Ramos-Horta, citando José Sócrates, sublinhando ainda que os custos seriam «repartidos» pelos dois países.

Questionado sobre o atentado que sofreu a 11 de Fevereiro deste ano, que quase lhe custou a vida, o presidente timorense disse sentir-se «bem», embora, nalgumas ocasiões, «sinta algumas dores», e reafirmou a intenção de perdoar o tenente Gastão Salsinha, o co-líder do duplo ataque.

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