A linha SNS 24 vai ser reforçada na sexta-feira com 81 enfermeiros para responder ao aumento de chamadas devido ao surto de Covid-19, anunciou esta quarta-feira a ministra da Saúde.
Questionada pelos deputados na Comissão de Saúde, onde está a ser ouvida numa audição regimental, sobre o que está a ser feito para reforçar a linha SNS 24 (808242424), Marta Temido afirmou que estão a ser delineadas “vários tipos de medidas”.
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“Ainda esta sexta-feira, a [operadora] Altice reforçará o número de enfermeiros disponíveis para o atendimento [81]”, avançou a ministra.
Marta Temido adiantou que o contrato que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) têm com a operadora Altice está neste momento “largamente ultrapassado”.
“O contrato tem um volume de chamadas que fazia parte da previsibilidade de resposta de uma linha deste tipo e aquilo que tem sido a procura associada ao Covid-19 fez de facto aumentar significativamente a necessidade de resposta”, sublinhou.
O deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite defendeu que se “aumente drasticamente a capacidade de resposta” da linha e “eventualmente que se crie uma outra para informações genéricas sobre esta matéria”.
Em reposta, Marta Temido disse que na terça-feira o ministério discutiu com os SPMS, que iria ter uma reunião com a Altice, a possibilidade desse desdobramento de linha.
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Contudo, sublinhou, “parece-nos que as pessoas já estão muito habituadas à Linha de Saúde 24 e, portanto, estar neste momento a criar aquilo que noutros países foi criado excecionalmente porque não dispunham deste apoio outra linha para este efeito não terá este efeito mais desejável”.
Por outro lado, o Governo está também a apelar a quem precisa da Linha de Saúde 24, apenas para informações que não são de saúde, que as coloque por ‘e-mail’.
“Não é uma abstenção de utilização e o encaminhamento para o ‘e-mail’”, ressalvou.
A ministra avançou ainda que vai haver uma reunião com as ordens profissionais na sexta-feira, adiantando que já conversou com o bastonário da Ordem dos Psicólogos no sentido de equacionar o apoio de psicólogos à Linha de Saúde 24.
“Isto porque há um conjunto de informações que se prendem com o apoio psicológico” e será importante ter esta “área de apoio que não estava considerada na origem”.
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Por último, está a ser equacionada a abertura de um ‘call center’ num outro ponto do país.
A diretora-geral de Saúde admitiu na terça-feira no parlamento que a linha Saúde24 atingiu “picos nunca esperados” de procura, mas adiantou que a capacidade de atendimento de chamadas em simultâneo mais do que duplicou nas últimas 24 horas.
Governo já recebeu mais de 100 pedidos para reforço de meiosO Governo já recebeu mais de uma centena de pedidos para contratação de profissionais de saúde para reforçar as equipas nos hospitais desde o início do surto do novo coronavírus, anunciou o secretário de Estado da Saúde.
António Sales, que falava na comissão parlamentar de saúde, revelou que a tutela tinha recebido até hoje pedidos para 20 médicos no Centro Hospitalar Lisboa Central, 89 trabalhadores no S. João (Porto) e para 14 enfermeiros e 10 assistentes operacionais no Litoral Alentejano.
O governante falou de uma "articulação em cascata" no plano de contenção da doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus, que até terça-feira à noite tinha infetado 41 pessoas em Portugal.
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"Este é um processo flexível e dinâmico", disse António Sales, revelando que tinha acabado de receber outros pedidos relativamente ao Alentejo e que o processo está "em permanente atualização".
Sobre a disponibilidade de meios em unidades de cuidados intensivos, António Sales apontou a existência de 968 vagas em Cuidados Intensivos e 593 em Cuidados Intermédios e garantiu que "Portugal está muito bem colocado" a este nível.
Falou ainda de 2.000 camas para isolamento profilático, que serão "expansíveis de acordo com a evolução do próprio surto".
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.200 mortos. Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a DGS.
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