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António Costa sai da Câmara como «estava previsto»

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Foram várias as polémicas em que o presidente cessante esteve envolvido nos últimos tempos. Sai do município com a consciência tranquila: «Casa está arrumada» e autarquia fica «em boas mãos» com Fernando Medina

Agradeceu a «todos». Começou pelos lisboetas e foi até aos funcionários e dirigentes municipais, autarcas de freguesia, equipas de vereação, cidadãos, universidades, empresas, coletividades, organizações. «A todos que juntos temos feito Lisboa... Sempre em contraciclo, semeamos finanças locais. Investimos na educação, na cultura, nos direitos sociais (...), na qualidade do espaço público e reabilitação urbana, na participação cidadã e descentralização. Nestes 7 anos, Lisboa recuperou autoestima», congratulou-se. O Partido Socialista vai apresentar o seu programa eleitoral no próximo dia 6 de junho.

António Costa despediu-se esta quarta-feira da Câmara de Lisboa, garantindo que decidiu sair agora devido à proximidade das legislativas. Há um ano, dizia que ia acumular os dois cargos, de autarca e de secretário-geral do PS. Deixa o município quase  oito anos depois de três mandatos sucessivos, pelo «dever» que entende ter para com o país, ambicionando ser primeiro-ministro e colocar o PS na frente. 

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Depois de ontem ter  anunciado que esta quarta-feira, 1 de abril, era o dia da despedida, só perante a insistência dos jornalistas disse que deixa a câmara agora porque «estamos exatamente a seis meses das legislativas» e que «estava previsto» ser assim. As parcas explicações ficaram por aí e foram dadas já na altura em que abraçava emocionado os presentes no Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, depois da sua declaração de renúncia.

Nos últimos tempos, Costa tem estado envolvido em algumas polémicas, de que são exemplo a taxa turística, a isenção de taxas urbanísticas a pagar pelo Benfica, o aumento do preço da água e as suas declarações sobre os investimentos com chineses. Para além disso, o PS não tem sido beneficiado nas últimas sondagens e o resultado eleitoral na Madeira (mesmo coligado com outros três partidos não passou dos 11,41%) foi uma clara derrota, que o  secretário-geral socialista tentou relativizar.

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No seu discurso, em tom de balanço, preferiu destacar a obra que fez em Lisboa:   

«Hoje, a casa está arrumada, a câmara a funcionar, o futuro programado, com uma gestão de rigor e uma ambição realista. É tempo de encerrar um ciclo e abrir um novo, no município e no país»

«Vencemos a crise municipal e enfrentamos a crise nacional. Com uma maioria plural, abrimos o diálogo democrático com as oposições e consolidármos reformas estruturantes»

Agora, considera Costa, é tempo de partir. Deixa a câmara entregue ao vice-presidente e número dois da lista.

«Deixo a câmara em boas mãos. Começamos hoje quando estamos a seis meses das eleições legislativas. A todos os autarcas, e muito especialmente ao meu sucessor Fernando Medina desejo as maiores felicidades. Devo concentrar-me agora como fiz há oito anos a servir Portugal e os portugueses»

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