O presidente do PSD, Rui Rio, diz que o Governo e a Câmara do Porto devem um pedido de desculpas aos portugueses pelo comportamento dos adeptos ingleses na final da Liga dos Campeões, adeptos esses que circularam pela cidade sem máscara e em grupo, desrespeitando as medidas preventivas de combate à pandemia de covid-19.
O Governo e a Câmara do Porto deviam pedir desculpa aos portugueses, que privados de tanta coisa, assistem a esta vergonha em pleno combate à pandemia. Nada aprenderam com o que se passou em Lisboa. Hoje foi bem pior. Muita conversa politiqueira ... e muito pouca eficácia. https://t.co/VNLfmaO4oe
— Rui Rio (@RuiRioPSD) May 30, 2021
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Rui Rio exige, por isso, realismo na gestão da pandemia, até porque a festa do título do Sporting em Lisboa já fazia prever o que podia acontecer no Porto.
Há que fazer isto com realismo, que nem sempre é o melhor. Não consigo entender como é que nós, nos campeonatos de futebol, não deixámos que houvesse público – e até direi que bem – e agora vamos importar um jogo em que os estrangeiros podem estar e andar por aqui a armar desacatos. E depois dizer que não vai ser como foi a festa do Sporting, em Lisboa e, aparentemente, ainda vai ser pior ou está quase a poder ser pior”, criticou.
Ora então, para Eduardo Cabrita e para Rui Moreira, no Porto, não ia acontecer o que aconteceu nos festejos do Sporting. Pois não! É bem pior! E não é para festejar nada, é vandalismo; que, apesar de rimar, é bem diferente de turismo. https://t.co/6x1w4xKOCU
— Rui Rio (@RuiRioPSD) May 29, 2021
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Enfatizando ser este tipo de decisões que “depois as pessoas não entendem”, Rui Rio assegurou querer “fazer o contrário”, em declarações após ter participado no lançamento da candidatura de Jorge Ascenção à presidência da Câmara de Gondomar.
"Não é compreensível", diz Catarina MartinsEu quero fazer ao contrário. Quero pedir às pessoas, quando as coisas não correm tão bem num dado concelho, para perceberem que, em nome desse concelho e do país como um todo, temos de abrandar o desconfinamento nesses sítios”, sublinhou o líder social-democrata.
Também a coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou incompreensível que se permita a uma iniciativa como a final da Liga dos Campeões aquilo que os portugueses estão impedidos de fazer, atribuindo responsabilidades ao Governo e à Câmara do Porto.
Parece-me que não é compreensível permitir-se a uma iniciativa aquilo que não se permite à generalidade dos cidadãos e das cidadãs deste país”, criticou no final da Mesa Nacional do BE, órgão máximo entre convenções que se reuniu no sábado pela primeira vez.
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Questionada sobre quem tem responsabilidades, a coordenadora do BE referiu que, “do ponto de vista das normas e da sua implementação”, essas devem ser atribuídas ao Governo e à Câmara do Porto.
Nós achamos que são sempre necessários os maiores dos cuidados. Portugal deve ter uma posição que seja compreendida por toda a comunidade na forma como impõe regras para prevenir riscos de covid-19. Sabemos que o ar livre é bem mais seguro do que os espaços fechados, sabemos que há já população vacinada, mas sabemos que são precisos cuidados”, indicou.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já tinha pedido coerência, referindo-se à presença de adeptos ingleses em Portugal para a final da Liga dos Campeões, e defendeu que “não é possível dizer que vêm em bolha” e isso não acontecer.
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