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Porto: Rio admite baixar impostos municipais

Caso o Governo pague o que deve à autarquia

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio (PSD), admitiu hoje baixar, em 2008, os impostos municipais, caso o Governo pague o que deve à autarquia.

«Vamos ver se podemos baixar os impostos na cidade do Porto. Estamos sempre muito pendurados nas dívidas do Governo», afirmou Rui Rio na reunião pública do executivo camarário do Porto.

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O autarca respondia a um repto lançado pelo vereador do PS, Manuel Pizarro, para que a Câmara do Porto deixe de aplicar a taxa máxima de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), atendendo ao elevado volume de receitas que a autarquia está a ter com este imposto.

Rui Rio referiu que não pretende incluir a redução do IMI, já no Orçamento da Câmara do Porto para 2008, mas admitiu levar uma proposta nesse sentido ao executivo camarário «em Janeiro ou Fevereiro» do próximo ano.

O presidente da câmara afirmou que não pretende esperar por 2009, ano de eleições legislativas e autárquicas, para fazer obras e reduzir impostos, como, em sua opinião, o Governo socialista se prepara para fazer.

«Não admira que o Governo queira arrastar obras para 2009. Com a pujança que a oposição agora tem, vocês [socialistas] vão ver com quantos paus se faz uma canoa», ironizou Rui Rio, dirigindo-se a Manuel Pizarro, também deputado da Assembleia da República.

Momentos antes, já o vereador da CDU, Rui Sá, tinha comentado que Rui Rio estava «bem disposto», o que atribuiu ao início da recuperação da «azia que lhe causaram as eleições do PSD», com a vitória de Luís Filipe Menezes.

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A boa disposição dos 12 autarcas (apenas o socialista Francisco Assis faltou) ficou patente noutras ocasiões nomeadamente quando Rui Rio evocou os seus tempos de tropa para dizer que Rui Sá tinha colocado a sua arma na posição «F», de rajada, em vez de «E» (tiro a tiro) ou «S» (segurança).

«Agora já só dá tiros de pólvora seca», disse Rui Rio, afirmando que Rui Sá gastou as munições todas quando «disparou» críticas contra si, segunda-feira, na conferência de imprensa da CDU de balanço de dois anos de mandato autárquico da maioria PSD/CDS-PP.

Rui Sá respondeu afirmando que Rui Rio «tentou lançar uma granada de fumo, para ver se não se entendiam» as críticas que fez às alegadas dívidas da Câmara do Porto a diversas empresas e instituições, nomeadamente à Sociedade de Transportes Públicos do Porto (STCP), a Lipor e à Fundação para o Desenvolvimento da Zona Histórica do Porto.

Rui Rio negou que a autarquia tenha dívidas a esta fundação e à Lipor, e desvalorizou uma eventual dívida à STCP, alegando que os créditos da autarquia são muito maiores.

«Corre nos tribunais... Corre não, anda, porque nos tribunais não corre nada, uma acção em que a câmara pede uma pipa de massa à STCP», salientou.

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