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Posição de Portas foi «passo em frente mas já vem tarde»

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O ex-primeiro ministro social-democrata Pedro Santana Lopes considerou hoje que a sugestão de Paulo Portas para a demissão do primeiro-ministro e a formação de um Governo PS, CDS e PSD foi «um passo em frente», mas que vem tarde.

«Acho que foi um passo em frente no sentido daquilo que já devia ter acontecido. Acho que é uma evidência que é preciso um Governo maioritário e hoje houve um líder de um partido que falou nisso», afirmou Santana Lopes à Lusa, à margem de uma tertúlia realizada quinta-feira à noite subordinada ao tema «O papel do Presidente da República no sistema político português».

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«Não sei se não vem tarde. As boas propostas também têm um tempo para se manterem boas. Já o deviam ter dito há mais tempo, agora as coisas já estão mais agudizadas», sustentou.

Pedro Santana Lopes lembrou ainda a posição do seu partido perante a sugestão do líder democrata cristão, que afirmou só assumir funções de Governo mediante a escolha dos portugueses.

Santana Lopes afirmou ainda que o Presidente da República «tem uma leitura contida dos poderes presidenciais», discordando do seu papel «pouco interventivo» durante o seu mandato.

Contudo, sublinhou a coerência de Cavado Silva que, diz, «sempre manteve a mesma leitura ao longo de todo o seu mandato».

Durante a tertúlia, Santana Lopes realçou que não concordou com algumas decisões tomadas por Cavaco Silva, nomeadamente da aceitação do casamento entre homossexuais. «Entristeceu-me e fiquei desiludido», desabafou Santana Lopes.

Pedro Santana Lopes acredita que Cavaco Silva, no caso de recandidatar, «será certamente reeleito», mas defende uma segunda candidatura na direita central (PSD).

«Acho que era útil haver uma candidatura no espaço liberal, mais conservador, social-democrata, que tivesse outra maneira de ver o sistema de Governo, o sistema político», afirmou Santana.

O ex-governante sublinhou que uma segunda candidatura social-democrata «não prejudicava em nada o professor Cavaco Silva, até pelo contrário».

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