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Médicos não devem acumular público e privado

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Bastonário considera «lamentável» a proposta do líder do PSD

O bastonário da Ordem dos Médicos considera «lamentável» a proposta do presidente do PSD para o fim da acumulação do exercício da medicina no sector público e privado, por achar que acabaria com o Serviço Nacional de Saúde (SNS), informa a Lusa.

Pedro Nunes reagiu, desta forma, à proposta de Luís Filipe Menezes, que esta quinta-feira defendeu que não se possa acumular o exercício da medicina no sector público e no privado, princípio que disse querer ver aplicado progressivamente, a prazo.

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Para o bastonário, a proposta é «preocupante», na medida em que «é uma demagogia entender que há qualquer risco ou menos capacidade do Serviço de Saúde pelo facto de alguns médicos, depois de cumprirem o seu tempo de trabalho, utilizarem o seu tempo livre para fazer consultas, em vez de irem para a praia ou cinema».

«Há áreas de exercício de medicina em que é vantajoso o exercício exclusivo da medicina, mas nessas áreas são os próprios médicos que optam pelo exercício exclusivo», explicou.

Pedro Nunes referiu que a proposta do Partido Social Democrata (PSD) é «demagógica, com muito anos» e que «não faz qualquer sentido».

Para o bastonário, uma medida como esta poderia conduzir ao fim do SNS, pois existiriam inúmeras áreas da medicina que desapareceriam do sector público, por os profissionais optarem pelo privado por razões financeiras.

Pedro Nunes deu o seu exemplo profissional que, ao fim de 35 anos de carreira no sector público, ganha 1.200 euros. Lamentou ainda que uma proposta deste tipo tenha saído de um partido que supostamente defende a liberdade de escolha.

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