O PCP e o Bloco de Esquerda (BE) defendem a saída das forças portuguesas, cerca de 300 militares, colocadas no Kosovo, que se prepara para declarar a independência da Sérvia.
Em declarações à Lusa, o deputado do PCP António Filipe afirmou que, desde o início, os comunistas têm sido contra o envio de forças para o Kosovo, onde a independência, que deverá ser proclamada no domingo, «terá consequências imprevisíveis em toda a região».
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Kosovo «independente dentro de dias»
Kosovo: «Sérvia nunca poderá ser negligenciada»
«A inevitável declaração de independência vai aumentar mais a perigosidade da missão dos militares portugueses», afirmou António Filipe.
Também o deputado do BE Fernando Rosas se manifestou contra a presença de tropas portuguesas do território, uma vez que «o que está em causa no Kosovo nada tem ver com o interesse nacional».
Uma intervenção com forças estrangeiras só deveria ser aceite, segundo Rosas, se fosse inserida «num quadro de uma solução negociada» para o Kosovo, com o patrocínio das Nações Unidas e da União Europeia (UE).
As Forças Armadas portugueses participaram na missão da NATO no Kosovo de 1999 a 2001, tendo retomado a participação em 2005.
Actualmente, e segundo números do Estado-Maior-General das Forças Armadas, estão destacados no Kosovo 296 militares, na missão da NATO (KFOR), e dois observadores militares integrados na missão da ONU (UNMIK).
Nenhum dos restantes partidos com representação parlamentar, PS, PSD e CDS-PP, defende a retirada das tropas portuguesas do Kosovo.
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