O PCP considerou «preocupante» a mensagem de Natal do primeiro-ministro, prometendo «protesto e luta» em 2008 às medidas anunciadas pelo Governo, como a revisão das leis laborais, que apelida de «declaração de guerra aos trabalhadores».
Em declarações à Agência Lusa, o dirigente comunista Vasco Cardoso afirmou que o PCP «ficou preocupado com a mensagem de Natal do primeiro-ministro porque confirma uma visão da sociedade desligada da realidade e perspectiva a continuação da mesma política» em 2008.
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Para Vasco Cardoso, a mensagem de José Sócrates foi «repleta de autosatisfação, de autoelogios» que «nada têm a ver com a realidade vivida pela esmagadora maioria dos trabalhadores portugueses».
«Este foi o ano de maior aumento das desigualdades sociais, das injustiças, de encerramento de serviços públicos de desvalorização dos salários e de fraco crescimento económico», disse.
Vasco Cardoso disse que José Sócrates «mantém a obsessão com o défice e as contas públicas, com resultados como a diminuição do investimento público» e que das palavras do chefe do Governo se depreende que em 2008 «será continuada a mesma política».
Os comunistas prometem «luta e protesto» a essa política, nomeadamente às alterações à legislação laboral, que Vasco Cardoso considera «uma declaração de guerra aos trabalhadores» por parte do Governo.
Essa legislação, exemplificou, «aumenta a possibilidade de despedimento sem justa causa, a flexibilização quanto a um direito histórico que é o horário de trabalho».
José Sócrates manifestou-se confiante que Portugal estará em 2008 mais bem preparado para enfrentar os desafios e incertezas da economia global, numa mensagem de Natal em grande parte dedicada às questões sociais.
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