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Português morre no Afeganistão

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Militar realizava patrulha nos arredores de Cabul, num blindado, que sofreu um acidente rodoviário. As Forças Armadas iniciaram já os procedimentos necessários para a trasladação do corpo. Cavaco Silva descreveu esta como «uma notícia muito triste». O funeral do soldado realiza-se na terça-feira, no concelho de Vila Nova de Gaia

Um soldado português que realizava uma patrulha nocturna nos arredores da capital do Afeganistão, Cabul, morreu num acidente rodoviário com um blindado, disse à agência Lusa uma fonte do Estado Maior-General das Forças Armadas (EMGFA). As Forças Armadas já iniciaram os procedimentos necessários para a trasladação do corpo para Portugal. Uma equipa de investigadores já está a caminho para determinar as circunstâncias do acidente.

O soldado que morreu trata-se de Sérgio Miguel Vidal Oliveira Pedrosa e a família do militar já foi informada da situação pelo EMGFA, informou a Lusa.

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Este é o quarto incidente com as tropas portuguesas, ao serviço da NATO, colocadas no Afeganistão, onde, em Novembro de 2005, morreu um soldado numa explosão que atingiu a viatura em que seguia.

Segundo a descrição feita à Lusa por fontes militares, o soldado Sérgio Pedrosa estava na vigia do blindado, um Humvee, quando a viatura «foi à berma e capotou». O acidente deu-se durante uma patrulha nocturna nos arredores de Cabul, cerca das 3:00 no Afeganistão (22:30 de sexta-feira em Lisboa), e não se verificaram feridos entre os militares portugueses.

As Forças Armadas já iniciaram os procedimentos necessários para a trasladação do corpo para Portugal, que será feito por um avião da Força Aérea.

Equipa oficial a caminho

O ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira, manifestou este sábado o seu «profundo pesar» pelo falecimento do soldado português Sérgio Vidal Oliveira Pedrosa no Afeganistão, num acidente de viação, enviando condolências à sua família e amigos, escreve a Lusa.

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O ministro da Defesa anunciou que já está a caminho do Afeganistão uma equipa oficial para inquirir sobre o incidente e que serão accionados «os procedimentos normais em situações como esta».

Cavaco Silva lamenta morte

O Presidente da República lamentou a morte de um soldado português em Cabul, considerando tratar-se de «uma notícia muito triste», e manifestou «grande confiança» nos militares portugueses no Afeganistão.

«É uma notícia muito triste e presto aqui a minha homenagem ao soldado Sérgio Pedrosa, que perdeu a vida ao serviço de Portugal numa missão internacional», afirmou Cavaco Silva aos jornalistas, no final de uma visita oficial ao concelho de Gouveia.

«É uma morte que nos entristece muito, até porque até este momento, a companhia portuguesa tem sido capaz de gerir a sua actividade naquele país distante, evitando baixas», observou.

O Presidente da República enviou «sentidas condolências» aos familiares do militar «neste momento de profunda dor».

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162 militares no Afeganistão

Portugal tem 162 militares portugueses às ordens da força internacional da NATO, que comanda no Afeganistão a maior operação dos seus quase 60 anos de história.

Desde que se iniciou a missão no Afeganistão, integradas na força multinacional da NATO (ISAF), as forças portuguesas já registaram vários incidentes, incluindo uma baixa em acção, em Novembro de 2005.

Após mais de dois anos em missão ao serviço da ISAF, o Governo anunciou 31 de Outubro uma redução drástica da presença portuguesa no Afeganistão.

A partir de Agosto de 2008, regressam a Portugal os cerca de 160 militares e ficam um avião C-130 e uma equipa de 15 militares para dar formação ao exército afegão.

Até final do ano, irão manter-se no Afeganistão tropas pára-quedistas e de apoio de serviços, assim como uma equipa de controlo aéreo táctico da Força Aérea.

Em Novembro de 2005, um militar português morreu e outro ficou gravemente ferido na explosão de uma bomba nos arredores de Cabul, durante uma patrulha.

A 25 de Maio de 2007, um soldado português sofreu ferimentos ligeiros em resultado de uma emboscada durante uma patrulha a pé, perto de Kandahar, no Afeganistão.

Menos de um mês depois, dois militares sofreram ferimentos ligeiros, também em Kandahar, onde estavam colocados os soldados portugueses.

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