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Afeganistão: português nomeado porta-voz

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Primeiro fará um estágio em Bruxelas para especialização no contacto com os media

O general português Carlos Branco, recém-nomeado porta-voz das forças aliadas no Afeganistão (ISAF), parte esta quinta-feira para a sede da Aliança Atlântica em Bruxelas, onde vai cumprir um breve estágio de especialização no contacto com os media.

«Combater o derrotismo e evitar que prevaleça a falsa ideia de que os talibãs estão a a derrotar militarmente as forças da NATO» - eis o objectivo do oficial português para a sua missão como «porta-voz» das forças aliadas no Afeganistão.

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Em vésperas de partir para o Afeganistão Carlos Branco analisa em entrevista à Lusa a situação no terreno, sublinha a importância da «frente dos media» e deixa um alerta: «O processo da comunicação não se pode reduzir a um combate entre spin doctors e jornalistas transformados em artistas, onde o imediatismo se sobrepõe ao rigor».

O general assume um cargo da mais alta responsabilidade no comando na força internacional no Afeganistão, onde Portugal marca já presença de destaque através da task force (uma companhia da pára-quedistas e um destacamento de apoio aéreo táctico) em funções de «reserva táctica» do comandante da ISAF.

«Trata-se do reconhecimento por parte da Aliança, por um lado, o empenho político nacional nos assuntos da paz e da segurança internacionais em que a NATO se tem envolvido; e, por outro, a qualidade do desempenho operacional dos militares portugueses», considera o general Carlos Branco.

«Proporcionar informação relevante com rapidez, fazendo com que aquela circule com celeridade e que os destinatários a possam receber no tempo certo» - é assim que encara a prioridade da sua missão. Trata-se em suma de tornar mais prontas e eficazes as respostas da NATO em matéria de informação num momento em que os talibã procuram explorar ao máximo o impacto mediático das suas acções.

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A criação do cargo de porta-voz do comandante da ISAF sublinha por si só a importância atribuída a «frente dos media» num momento em que a missão da NATO no Afeganistão atravessa um período crucial face ao crescendo da insurreição talibã, em particular no Sul do país. Até agora a ISAF dispunha apenas de um Gabinete de Informação pública.

«É fundamental combater o derrotismo e evitar que prevaleça a falsa ideia de que os talibãs estão a recuperar a iniciativa militar e a derrotar militarmente as forças da OTAN» - considera o general Carlos Branco.

«É um facto que as forças rebeldes tiveram pontualmente sucess» - reconhece o oficial, numa breve análise da situação militar com se vai confrontar no teatro afegão. «Trata-se, porém, de vitórias mitigadas e de reduzido impacto táctico - e a NATO conseguiu entretanto infligir aos talibãs revezes importantes».

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