O primeiro submarino, o «Tridente», chega segunda-feira a Portugal e vai obrigar o Governo a um novo aumento de impostos ou a mais um corte extraordinário na despesa pública. Isso mesmo foi confirmado à TVI pelo ministério da Defesa.
Devido às regras da União Europeia, o défice do próximo ano sofrerá um aumento superior a quinhentos milhões de euros. O mesmo voltará a acontecer em 2012, quando chegar o segundo submersível.
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Os submarinos, a preços actuais, custam 1 026 mil milhões de euros. E, cada um, será contabilizado quando for plenamente disponibilizado às autoridades militares portuguesas. O «Tridente» que agora chega a Portugal, vai entrar na conta do défice de 2011. E o «Arpão», o segundo submarino que também já foi baptizado na Alemanha, causará o mesmo estrago em 2012.
Recorde-se que a decisão de lançar um concurso público para adquirir submarinos remonta ao governo de António Guterres, mas foi Paulo Portas a assinar o contrato em 2004.
O preço inicial aumentou, não só devido às actualizações previstas no contrato, mas também aos juros a pagar ao Crédit Suisse e ao Banco Espírito Santo, com quem o Estado celebrou um contrato de financiamento da construção.
O Crédit Suisse e ao Banco Espírito Santo que adiantaram o dinheiro, têm direito a recebê-lo por inteiro com a recepção definitiva dos submarinos. Atrasos no pagamento incorrem em juros de mora.
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