O MEP discorda do plano de assistência financeira a Portugal porque deixa em aberto os troços do TGV Lisboa/Poceirão e Poceirão/Caia, congratulando-se, por seu turno, com as reformas administrativas e da Justiça e pelo apoio a trabalhadores independentes desempregados.
O presidente e fundador do MEP, Rui Marques, critica que, em relação ao TGV, só se refira «a suspensão do troço Lisboa/Porto ignorando o impacto do Poceirão/Caia e Lisboa/Poceirão».
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Rui Marques discorda ainda do aumento do IVA nos escalões mais baixos pelo «provável impacto que poderá ter nos bens essenciais que constituem o cabaz de compras das famílias mais pobres» e, também, considera «exagerada» a dimensão das reduções das deduções fiscais com a saúde e a educação.
Num comunicado enviado à agência Lusa, o presidente do MEP mostra-se céptico. Diz que «há muito» do plano acordado com a troika que «ainda não se conhece e cujas especificações poderão agravar significativamente» as consequências e acusa o Governo de ter uma «preocupação desmedida em dar uma imagem benévola do programa, com se nada de grave trouxesse para a vida dos portugueses». Dá, no entanto, o seu aval a medidas como a «protecção social no desemprego para trabalhadores independentes» e as reformas na Justiça e na administração pública.
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