O candidato presidencial Manuel Alegre considerou que o actual momento financeiro exige uma atitude de responsabilidade e de solidariedade nacional, defendendo a definição de regras na União Europeia e uma mudança de atitude da Alemanha.
Em declarações à agência Lusa, Manuel Alegre afirmou que o actual momento exige «responsabilidade e solidariedade nacional perante um movimento especulativo que, sendo injusto para o nosso pais, não é só contra nós», acrescentando que «é contra o euro», numa alusão à situação de competição nos mercados monetários mundiais entre o euro e o dólar.
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«A possibilidade de o euro poder substituir o dólar nos pagamentos internacionais incomoda muita gente. Esta situação exige uma definição de regras na União Europeia, maior coordenação, mais solidariedade e também uma mudança de atitude da Alemanha», sustentou.
Manuel Alegre referiu que a Alemanha «já esteve à beira de uma condenação por ultrapassagem do défice e, nessa altura, foi salva pelo voto português».
«O que se está a passar é sobretudo um problema da União Europeia, que exige uma grande reflexão», defendeu, fazendo depois uma crítica à actual influência das agências de rating.
«É bom lembrar que estas agências de rating podem enganar-se e não são juridicamente responsáveis», apontou o ex-vice presidente da Assembleia da República.
Interrogado sobre como encarou a reunião, esta quarta-feira, entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho, o candidato presidencial considerou «natural que haja uma troca de impressões e uma conjugação de esforços para fazer frente à situação».
«Mas é difícil que o país sozinho possa resolver uma situação que é sobretudo da União Europeia», advertiu Manuel Alegre.
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