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Hipótese de Bagão candidato é «vingança» contra democracia

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Louçã considerou que ex-ministro e Cavaco estão «do mesmo lado da cultura mais reaccionária»

O líder do Bloco de Esquerda afirmou este sábado que a hipótese de Bagão Félix ser candidato presidencial «é uma vingança» contra a democracia, considerando que o ex-ministro e o Presidente estão «do mesmo lado da cultura mais reaccionária», noticia a Lusa.

«Demonstra como as questões culturais são tão importantes nas escolhas políticas em Portugal. E ainda bem», referiu Louçã, que sublinhou que esta é uma «agitação leve», oriunda de «sectores arquireaccionários da sociedade portuguesa, que querem uma espécie de alternativa, não estando convencidos de que ela seja nem necessária nem útil».

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«A hipótese de Bagão Félix ser candidato não é uma vingança contra Cavaco, é uma vingança contra o povo português e contra a democracia em Portugal de um sector que não quer aceitar que a modernidade é respeito pelas pessoas», defendeu o dirigente bloquista.

Para Francisco Louçã, Bagão Félix e Cavaco Silva «não têm muito que os distinga», argumentando que «ambos estavam do mesmo lado da cultura mais conservadora quando foi preciso fazer escolhas democráticas», citando o exemplo da despenalização do aborto.

«Ambos concordavam que era preciso manter as mulheres na prisão se tivessem tomado uma decisão de interromper uma gravidez. Estiveram rigorosamente do mesmo lado da cultura mais reaccionária», sustentou.

Louçã, que falava no encerramento do Fórum Educação, promovido pelo BE, sublinhou que o debate sobre as eleições presidenciais também tem a ver com este sector.

«O que agita a direita agora é rever a Constituição, entre muitas matérias importantes que têm que ver com a função da democracia e da responsabilidade de uns em relação aos outros, na saúde e na educação», afirmou.

O coordenador do Bloco referiu que o PSD tem um projecto de revisão constitucional que «tem como ideia-chave o cheque-ensino, que significa que o Estado deixa de ter a obrigação de criar escolas em que todos teriam acesso a um ensino de qualidade e passaria a ter a estratégia extraordinária de financiar o ensino nos colégios de quem tem fortuna».

«Com esse modelo do cheque-ensino, deixa de haver qualquer regra para uma educação universal, de qualidade, inclusiva», criticou.

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