Já fez LIKE no TVI Notícias?

«País precisa de maioria absoluta»

Relacionados

Para assegurar «condições de governabilidade» no actual contexto de crise, diz líder da UGT

João Proença considera muito importante que o PS alcance uma nova maioria absoluta nas próximas legislativas de forma a assegurar «condições de governabilidade» no actual contexto de crise.

«É importante para o país que exista ou um governo de maioria absoluta ou uma coligação que assegure condições de governabilidade ao país», disse o líder socialista da central sindical em entrevista à agência Lusa uma semana antes do congresso da UGT.

PUB

Para Proença, numa situação de crise permanente, como a actual, um Governo não deve estar dependente de acordos pontuais.

«Se não houver uma maioria capaz de criar uma alternativa isso cria efectivamente condições de instabilidade e portanto é fundamental que ou haja entendimento entre os partidos ou que os portugueses pensem qual é a situação que querem para haver governabilidade em Portugal», defendeu.

«Mal de nós se no futuro tivermos situações de grande instabilidade governativa. Isso é que é negativo», salientou o sindicalista.

João Proença lembrou que o PS «é um partido de esquerda democrático» e, por isso, o desemprego deve ser a prioridade central do próximo Governo, que deve promover políticas de emprego que assegurem a manutenção dos postos de trabalho assim como a criação de novos empregos.

«Há de facto riscos graves de uma derrapagem, de atingirmos níveis de desemprego nunca atingidos em Portugal», referiu o líder da UGT.

Combate ao défice prejudicou crescimento do país

PUB

O sindicalista admitiu que a prioridade deste Governo tem sido o combate ao défice orçamental, o que prejudicou o crescimento do país e impediu que o investimento público e privado não crescessem «aquilo que deveriam ter crescido em Portugal».

«Tivemos bons resultados em termos de exportações, o que significa que as nossas empresas são competitivas, mas o investimento de facto foi travado e isso travou o crescimento económico», resumiu, referindo que as políticas de combate ao défice provocaram também consequências negativas em termos de salários.

O líder da UGT defendeu que o Governo tem que assegurar o crescimento dos salários reais e das pensões, assim como a protecção dos desempregados para evitar o aumento da exclusão social.

O aumento do salário mínimo nacional (SMN) para os 600 euros em 2014, é uma das propostas que a UGT vai discutir no seu congresso de 20 e 21, e que João Proença defendeu na entrevista à Lusa.

«Há condições em Portugal para o crescimento do Salário Mínimo Nacional, seja através de um acordo de concertação social ou por vontade política do Governo, que assuma um compromisso eleitoral nesse sentido», disse.

«É necessário garantir o poder de compra e, em tempo de crise, é necessária uma revisão extraordinária da fórmula de cálculo das pensões», disse lembrando que a fórmula foi acordada em concertação social pressupondo um crescimento da economia que não se verificou devido à crise económica.

PUB

Relacionados

Últimas