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«Não se pode estar bem com Sócrates e defender os trabalhadores»

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Jerónimo de Sousa lança ataques aos candidatos presidenciais

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, acusou este sábado os candidatos presidenciais adversários ao do partido de apoiarem «os que sofrem e lutam» ao mesmo tempo que estão «bem com Sócrates».

Depois de discursar perante centenas de comunistas que preparam a próxima Festa do Avante, na Quinta da Atalaia, no Seixal, Jerónimo de Sousa explicou que a imagem que deu de alguém em cima de um muro pronto a saltar para o lado que lhe der mais jeito se aplica a qualquer um dos candidatos adversários.

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«Quando usei essa imagem poderia considerar que Manuel Alegre, Fernando Nobre e o próprio Defensor Moura são candidaturas que em relação às questões centrais, nos momentos em que é preciso mais solidariedade com aqueles que sofrem e que lutam, nunca os encontramos», criticou o líder do Partido Comunista.

Jerónimo de Sousa adiantou ainda: «Não se pode estar bem com [o primeiro-ministro] Sócrates e defender os direitos dos trabalhadores, o direito a um salário mais justo. Não se pode estar com o serviço nacional de saúde e concordar com a política de Sócrates em relação à destruição dos serviços públicos de saúde».

O líder comunista não tem dúvidas de que existem «contradições» que justificam o uso da imagem do muro e que exigem clarificação. «Esta falta de clarificação leva a que consideramos esta candidatura do PCP [Francisco Lopes] - que claramente, sem nenhumas peias, definiu objectivos, definiu aquilo por que se está a bater - uma candidatura patriótica de esquerda que vai defender os valores de Abril, que se identifica com a luta dos trabalhadores do nosso povo», defendeu.

Questionado a propósito das declarações do Presidente da República, que hoje recusou «dramatismos» à volta de uma possível revisão constitucional e do próximo Orçamento do Estado, Jerónimo de Sousa defendeu haver «uma ameaça», apesar das «zangas» entre PS e PSD.

«Que é uma ameaça é, tendo em conta o determinismo que, designadamente o PSD, vem afirmando e como há muitos anos, nas sete ou oito revisões, sempre, mas sempre, o PS dizia que não, zaragateava com o PSD para depois se entenderem fazendo acordos fora da Assembleia da República, temos razões para estar preocupados», admitiu.

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