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Alterações da Troika: Passos pede explicações ao Governo

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«É muito pouco transparente que tenha assinado um documento E o venha a publicar com alterações, sem dar conta formalmente ao país de quais elas são»

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou esta sexta-feira que foi «surpreendido» com a notícia de que afinal há dois textos diferentes do acordo do Governo com a troika (FMI, BCE e Comissão Europeia). O primeiro data de 3 de Maio, assinado pelo Executivo socialista e que foi garantido, através de cartas enviadas à missão técnica, pelo PSD e pelo CDS, caso ganhem as eleições de 5 de Junho.

«Eu fui surpreendido por essa notícia hoje», afirmou Passos Coelho aos jornalistas. «Aquilo que foi publicado no site do ministério das Finanças como sendo o documento que foi assinado pelo Governo português e pela troika no final do processo de negociação não corresponde afinal àquilo que foi o documento que nos foi entregue pela própria troika e pelo Governo na altura em que nos comprometemos com esse documento».

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«Não é compreensível e gostaria que o Governo rapidamente esclarecesse o que se passa», disse o líder do PSD, explicando que o partido está «a comparar as duas versões». «Estamos a estudar as diferenças».

«Já nos apercebemos que há sobretudo diferenças respeitantes aos prazos que são fixados pelas políticas objectivas sejam preparados e atingidos, mas há também algumas alterações de substância».

«Mas gostaríamos que o Governo, que não nos informou que havia essas diferenças, esclareça rapidamente por que motivo publica um texto com, oficialmente a versão que foi assinada, quando ela não corresponde à versão que foi dada a conhecer aos partidos políticos na altura em que nos pronunciámos sobre elas», disse o líder do PSD.

«Penso que é muito pouco transparente e natural que um Governo tenha assinado em nome do país um documento, o venha a publicar com alterações, sem dar conta formalmente ao país de quais elas são. E julgo que assim será muito difícil nós entendermo-nos com essa falta de transparência».

«Não sei porque é que o Governo não teve coragem de dizer qual era afinal o documento que tinha assinado», disse ainda.

Confrontado com o facto de José Sócrates ter dito que eram pequenos ajustes, Passos Coelho respondeu: «Não me parece que sejam pequenos ajustes, dou-lhe dois ou três exemplos já: as alterações à Taxa Social Única não são para introduzir apenas no orçamento para o próximo ano, têm de estar concluídas até Julho deste ano. Significa portanto que é impossível que o Governo nesta fase não tenha já tomado decisões sobre essa matéria. O Governo já tomou concerteza a iniciativa de despoletar esse estudo e a verdade é que não deu informação sobre essa matéria. O mesmo em relação a reformas na área da Justiça, ou mesmo à concessão de comunicações».

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