Já fez LIKE no TVI Notícias?

Francisco Louçã quer um novo 25 de abril

Relacionados

Coordenador do Bloco avisa que «começou a contagem descrescente» para este Governo

Francisco Louçã apela aos portugueses para que façam um novo 25 de abril.

O coordenador do Bloco de Esquerda diz que o país precisa de outra revolução para tirar do Governo um Executivo que está conduzir Portugal à ruína.

PUB

Louçã deixa um apelo aos portugueses para que mostrem a sua indignação face às novas medidas de austeridade anunciadas pelo primeiro-ministro.

«Isto não tem nenhum sentido se não cumprir as ordens da troika de um Governo assente no fanatismo ideológico e por isso mesmo é que é preciso que haja este fervor de democracia, este renascimento da democracia, chamem o 25 de Abril, chamem-lhe simplesmente respeito. O que é preciso é que este Governo saiba que começou a contagem decrescente», afirmou aos jornalistas.

O coordenador do Bloco afirmou que o país não pode ter meias palavras e é preciso «correr com este Governo», pois, se nada for feito, «será ainda pior» no futuro.

«Não aceitamos a cobardia de adiar para depois de amanhã o que Portugal tem que dizer agora. Recusar estas medidas significa enfrentar este Governo para correr com ele», disse Francisco Louçã, durante uma visita às festas da Moita.

Segundo o coordenador da Comissão Política do BE, «o compromisso de um Governo de esquerda tem que ser, ao rejeitar o memorando da troika, ter como primeira medida recuperar os salários e as pensões, pois a economia é o que faz a vida das pessoas».

PUB

Francisco Louçã defendeu que Portugal e a Europa precisam de uma «economia da sensatez», explicando que «as pessoas não podem desistir da sua vida como o Governo quer impor».

O coordenador do BE salientou que «o país mudou na sexta-feira», quando o primeiro-ministro anunciou as novas medidas de austeridade para 2013, afirmando que o Governo de Pedro Passos Coelho e de Paulo Portas «terminou os seus dias».

«Este Governo terminou os seus dias, não pode continuar a ser tolerado ou aceite pelas pessoas que estão a sofrer. Se as pessoas deixarem, no ano seguinte será pior. Esta gente é assim, nunca para, é assim o fanatismo», referiu.

Louçã lembrou os muitos que já criticaram as novas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo, entre eles Bagão Félix, ex-ministro da Solidariedade Social e das Finanças de anteriores executivos de maioria PSD/CDS-PP, e muitos empresários.

«Temos Bagão Félix a defender a Segurança Social contra a selvajaria do Governo, temos os patrões a dizer que é só para as grandes empresas e ouvi também o diretor da campanha presidencial de Cavaco Silva e outras vozes do PSD a dizer o que todos percebem: que quanto mais se baixa o salário, mais se destrói a economia, e quanto mais se tira às empresas, mais desemprego se cria, pois não há consumo», referiu.

PUB

Francisco Louçã criticou também o «silêncio envergonhado do CDS, que prometeu não baixar impostos», e referiu que enfrentar este Governo não é dizer que se vota contra o orçamento, numa mensagem destinada a António José Seguro, secretário-geral do PS.

«O PS dirá o que quer fazer. Esta gente não tem vergonha e enfrentá-los não é apenas dizer que não se quer o orçamento, é dizer que o caminho da troika é o caminho do desastre. Para isso é preciso uma esquerda de combate e é esse o combate do BE e o convite que fazemos a todos e queremos unir muitas forças», disse.

Sobre apresentação das conclusões da quinta avaliação da troika ao programa de ajustamento económico português, que vai ser feita esta terça-feira pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, Louçã referiu que vai haver «disfarce, embuste e mais medidas de austeridade».

PUB

Relacionados

Últimas