O bastonário da Ordem dos Advogados continua a guerra de palavras com a ministra da Justiça. Esta quarta-feira, em Braga, afirmou que o ministério da Justiça «foi entregue» a um «escritório de advogados».
«O senhor Primeiro-ministro deve explicar o que se passa com o Ministério da Justiça para ser entregue a um escritório de advogados de Lisboa».
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Marinho Pinto acusou Paula Teixeira da Cruz de nomear «familiares» para cargos públicos.
O bastonário da Ordem dos Advogados (OA) justificou a acusação exemplificando com a nomeação do advogado João Correia, que segundo Marinho Pinto é «cunhado da senhora ministra», para coordenador da Comissão da Reforma do Processo Civil. Marinho Pinto apontou também a nomeação do «sócio» de João Correia para chefe de gabinete de Paula Teixeira da Cruz, o também advogado Miguel Barros.
«Ela que diga onde está a mentira», desafiou Marinho Pinto, referindo também a nomeação de Júlio Castro Caldas, «também sócio de João Correia para uma comissão de revisão do Código Penal», como exemplos.
E o desfiar de críticas continuou. Marinho Pinto afirmou que «o Ministério da Justiça foi praticamente entregue ao Dr. João Correia», que «se calhar a senhora ministra não era capaz de sozinha tomar conta daquele ministério precisando dos sócios, amigos e colaboradores do Dr. João Correia».
Recados a Passos e respostas a Teixeira da Cruz. Sobre as acusações da ministra de que existem fraudes no apoio judiciário, Marinho Pinto concordou, mas logo disse que se fizesse uma auditoria ao ministério da Justiça mesmo depois de Teixeira da Cruz tomar posse «com certeza se encontraria coisas mais graves», acrescenta a Lusa.
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