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Portugal espera um processo eleitoral «legítimo» na Ucrânia

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O secretário de Estado dos Assuntos Europeus considerou esta segunda-feira, em Bruxelas, que é «muito importante» que, ao longo das próximas duas semanas, haja alguns desenvolvimentos positivos que contribuam para que as eleições na Ucrânia decorram sem problemas.

Falando à saída de uma reunião de chefes de diplomacia da União Europeia, dominada pela situação na Ucrânia, Bruno Maçães, que representou o Governo na ausência do ministro Rui Machete, apontou que se assistiu no Conselho a um ¿sentimento de urgência¿, no sentido de deverem ser dados passos, por todas as partes, até à realização das eleições presidenciais de 25 de maio.

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«É muito importante que, nestas duas semanas até às eleições, haja algumas medidas simbólicas, que mostrem também à população ucraniana que é possível começar um diálogo construtivo dentro do país sobre o futuro constitucional e político da Ucrânia», afirmou.

O governante reconheceu que «é evidente que esse diálogo vai ter muitas dificuldades», face ao agudizar do conflito entre as autoridades de Kiev e os movimentos independentistas, no Leste do país, que já causou várias vítimas mortais.

O secretário de Estado reforçou, no entanto, que, se for possível «ter algumas iniciativas simbólicas e produtivas¿, poderá conseguir-se «pelo menos aquela que é nesta altura» a grande prioridade, «que é ter um processo eleitoral tão estável quanto possível, e que das eleições do dia 25 possa sair uma situação política ucraniana com toda a legitimidade».

Questionado sobre que iniciativas poderão ser essas, admitiu que uma das possibilidades discutidas foi a de envolver no diálogo os representantes das províncias do Leste da Ucrânia, e todos os movimentos políticos, com vista a um «diálogo inclusivo» que produza também, desde já, «alguns resultados concretos», por mais simbólicos que sejam.

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«Precisamos, nas próximas duas semanas, de ter alguns resultados, que serão evidentemente modestos, pois o processo vai ser longo e difícil, mas já alguns resultados antes das eleições¿, designadamente que, nalgumas das situações de maior tensão, seja dado ¿um sinal positivo dos dois lados», disse.

Instado a concretizar a ideia, exemplificou com a possibilidade de «um dos edifícios que está a ser ocupado possa ser desocupado, e que, do lado do Governo ucraniano, possa haver também algum sinal no sentido de amnistia a quem fizer um movimento no sentido de algum desanuviamento da situação».

Do lado oposto, apontou, há que evitar situações que em nada contribuem para o desanuviar da situação, como por exemplo os referendos, que «não contribuem para aproximar as várias partes dentro da Ucrânia», ou as «declarações fora da Ucrânia», que «também não têm contribuído para isso», cita a Lusa.

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